Ataque em bar de Curitiba: Justiça determina exame psicológico ao acusado

A determinação foi proferida pela juíza Mychelle Pacheco Cintra Stadler, da 1ª Vara Especializada em Processos do Tribunal do Júri

Crime em Curitiba | Reprodução/ RPC
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A justiça determinou que o indivíduo que agrediu quatro pessoas com facadas em um bar de Curitiba seja submetido a uma "avaliação de sanidade mental". Além disso, o processo contra ele foi temporariamente suspenso até que o laudo dessa avaliação seja apresentado. Conforme previsto no Código de Processo Penal, essa avaliação é realizada para esclarecer eventuais dúvidas a respeito do estado mental do acusado, visando determinar se ele era ou não imputável no momento do incidente em questão, ou seja, se tinha a capacidade de compreender que estava cometendo um ato criminoso.

A determinação foi proferida pela juíza Mychelle Pacheco Cintra Stadler, da 1ª Vara Especializada em Processos do Tribunal do Júri, e data de 17 de setembro. João Guilherme Pacheco Flores, com 27 anos de idade, está sendo julgado por homicídio e três tentativas de homicídio, todas com circunstâncias agravantes, em relação a clientes do bar Distrito 1340 no mês de julho deste ano. 

Um das vítimas atacadas, o empresário Mauri José Glus, de 49 anos, morreu ainda no local do crime. As outras três vítimas foram conduzidas a hospitais e, apesar dos ferimentos, sobreviveram ao ataque, que foi captado pelas câmeras de segurança do estabelecimento.

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Na decisão, a juíza disse que o pedido do exame foi apresentado pela defesa de Flores. O advogado justificou a necessidade da análise pelo "histórico psiquiátrico do acusado, que inclui episódio de tentativa de suicídio". De acordo com o advogado de defesa de Flores, Khalil Vieira Proença Aquim, o Ministério Público afirma no processo que o acusado já teria algum tipo de transtorno mental.

Além disso, Flores declarou na delegacia que estava sob efeito de medicamentos e fazia acompanhamento psiquiátrico. Isso precisa ser esclarecido a partir de um exame de insanidade mental, detalhou o advogado nesta terça-feira (26).

Na decisão, a juíza também menciona o argumento da defesa de que "a alegada prática do delito" decorreu da intenção suicida de Flores. O pedido de realização do exame de sanidade mental foi avaliado pelo Ministério Público, que concordou com a medida.

Com a determinação judicial, o processo permanecerá suspenso até que o exame seja realizado, sem uma data definida para sua execução.

RELEMBRE O FATO

Um homem de 27 anos foi detido após esfaquear quatro pessoas em um bar situado no bairro Campina do Siqueira, na cidade de Curitiba. O fato ocorreu durante a madrugada de sábado do dia 22 de julho. Segundo informações das autoridades policiais, o cliente Mauri José Glus, com 49 anos de idade, perdeu a vida em decorrência dos ferimentos provocados durante o ataque.

A Polícia Civil do Paraná (PC-PR) relatou que o indivíduo suspeito foi controlado pelos seguranças do local até a chegada da Polícia Militar do Paraná (PM-PR). A PC-PR também informou que está conduzindo os procedimentos legais necessários.

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