O jovem Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, mais conhecido como Cadu, acusado de ter matado o cartunista Glauco Vilas Boas e o filho dele, pretende voltar a trabalhar quando deixar a clínica em que está, de acordo com o advogado Sergio Divino. A juíza Telma Aparecida Alvez, do Tribunal de Justiça do Estado, determinou a liberdade do rapaz na última quinta-feira (7).
O suspeito, de 27 anos, está internado na clínica Jardim América, por não "responder pelos seus atos", de acordo com o laudo médico. O advogado informou que ele deve sair do local até a próxima segunda-feira (12). Segundo Divino, está equilibrado emocionalmente e tem condições de voltar a viver em sociedade.
? Ele tem vários cursos, mas vai trabalhar com o que aparecer. É uma etapa importante na vida dele em um momento que vem apresentando uma melhora gradativa. Estamos otimistas. Até uma namorada ele quer arrumar.
A juíza da 4ª Vara de Execuções Penais explicou ao R7 o motivo da decisão.
? Após uma nova avaliação da junta médica do nosso tribunal, foi avaliado que nada impede que ele possa fazer o tratamento ambulatorial em vez de ficar internado.
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A medida é embasada na avaliação médica do Tribunal de Justiça de Goiás feita em junho. Na ocasião, o rapaz recebeu parecer favorável à liberação. Acusado de duplo homicídio, Cadu não foi julgado porque a Justiça o considerou inimputável, ou seja, incapaz de perceber a gravidade de seus atos.
O caso
Cadu matou Glauco e o filho no dia 12 de março de 2010, no sítio onde o cartunista morava, em Osasco, na região metropolitana de São Paulo. O rapaz invadiu e atirou contra as vítimas. O crime gerou polêmicas, já que o suspeito seguia a doutrina religiosa do Santo Daime, criada por Glauco, e, no dia do crime, estaria sob efeito de maconha e haxixe. Cadu foi preso em março de 2010, em Foz do Iguaçu (PR), quando tentava fugir para o Paraguai.