Assassino de Marielle: Ronnie Lessa pede transferência para o “Presídio dos Famosos”

Pedido da defesa cita que o ex-policial, condenado pela morte da vereadora Marielle Franco em 2019, não consegue exercer oficinas e atividades de ressocialização, além de ter que ver a família por uma parede de vidro.

Ronnie Lessa, assassino confesso de Marielle Franco, pediu transferência para P2 de Tremembé, mais conhecido como "Presídio dos Famosos" | FOTO: Reprodução
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O assassino confesso da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, Ronnie Lessa pediu para ser transferido para Penitenciária Dr. José Augusto Salgado, a P2 de Tremembé (SP), mais conhecida como "presídio dos famosos". O pedido foi feito na última sexta-feira (12) e ainda não há decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Desde que chegou a cerca de 1 mês na P1 de Tremembé, um outro presídio na cidade, Lessa foi colocado sozinho em uma cela e segue sem contato com outros presos. Por questões de segurança, ele está em uma área isolada e não foi incluído em nenhum dos seis pavilhões que abrigam os outros detentos.

A defesa dele, no entanto, questiona que o presídio de segurança máxima não era o destino acordado na delação autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. A defesa alega que a condição é mais rígida do que a imposta anteriormente na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS), onde ele cumpria pena.

"Situação mais rígida porque o colaborador permanece completamente isolado do convívio social e do contato físico com sua família, que teriam que vê-lo através de uma parede de vidro, dividida por uma grade de proteção e comunicando-se por um interfone do parlatório", diz trecho do pedido.

A defesa de Lessa ainda alega que as condições em que o preso está submetido inviabiliza que ele possa "exercer qualquer tipo de ofício, como o trabalho interno, oficinas técnicas, Ensino Superior à distância, assistir a palestras, cursos, a fim de assegurar sua ressocialização, visto que, além da superlotação, por questões de segurança, não será possível alocar o ex-policial militar".

No documento, o defensor de Lessa afirma que "não se pleiteia aqui qualquer regalia" e diz que "o que se requer é o cumprimento de sua pena de forma justa, em um local reconhecido nacionalmente por assegurar a segurança e o convívio dos internos, proporcionando condições para a ressocialização".

OUTRO LADO

Procurada, a Secretaria da Administração Penitenciária informou que a Unidade Dr. Tarcizo Leonce Pinheiro Cintra, a P1 de Tremembé, "tem plenas condições de manter o referido preso seguro".

Penitenciária Dr. Tarcizo Leonce Pinheiro Cintra, a P1 de Tremembé — Foto: Laurene Santos/TV Vanguarda

Acrescentou também que, desde o ingresso de Lessa, foi reforçada a segurança da penitenciária, "de forma a garantir totalmente a integridade física do corpo de funcionários, dos demais presos e do próprio custodiado".

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