As autoridades penitenciárias da Califórnia negaram nesta quarta-feira (11), pela 12ª vez, a liberdade condicional ao conhecido criminoso Charles Manson, segundo um comunicado do CDCR (California Department of Corrections and Rehabilitation, em português Departamento Correcional e de Reabilitação da Califórnia).
Manson, de 77 anos, foi condenado a morrer na câmara de gás em 1971 como líder de uma sanguinária seita que aterrorizou Hollywood nos anos 1960 e foi responsável pela morte de nove pessoas, entre elas a atriz Sharon Tate, de 26 anos, esposa do cineasta Roman Polanski. Sua pena capital foi comutada para prisão perpétua depois que os tribunais declararam inconstitucional castigar com a morte os detidos no Estado da Califórnia.
Na audiência realizada hoje e na qual Manson não esteve presente, as autoridades concluíram que o prisioneiro era ainda muito perigoso para receber a liberdade condicional e emprazou a revisão de seu caso para dentro de 15 anos, quando Manson terá 92 anos.
Atualmente, Manson exibe uma grande barba branca e cabelo longo com uma suástica tatuada na testa e está preso na prisão de Corcoran, situada 240 km ao noroeste de Los Angeles.
A última vez que Manson teve possibilidade de obter a liberdade condicional foi em 2007, mas as autoridades rejeitaram a medida por entender que ainda era uma ameaça para a sociedade. Manson se nega a comparecer em suas audiências para a liberdade condicional há 15 anos e em entrevista concedida à revista Vanity Fair em 2011 se descreveu como um homem "mesquinho, sujo, fugitivo e mau" e assegurou que foi condenado por "vontade de Deus".
Nos últimos cinco anos, Manson foi castigado na prisão por ameaçar um oficial e por portar uma arma.