Hoje (8), completa 19 anos do assassinato do prefeito de Redenção do Gurguéia, Joaquim Fonseca dos Santos e o crime corre o risco de prescrever. Até agora, os acusados pelo homicídio- apontados nos inquéritos policiais- não foram presos. A família, que aguarda uma audiência a ser realizada na segunda-feira( 13), questiona a morosidade da justiça.
Essa é a terceira tentativa após a reabertura do inquérito no ano de 2007, quando um familiar do principal acusado, Dilson Marques Fernandes, o denunciou à justiça. Dilson, que é marido da então vice prefeita, chegou a ser preso em 2008, mas permaneceu preso apenas por uma semana.
Faltando menos de um ano para prescrever, o assassino pode entrar para a galeria dos crimes impunes do Estado. A família já entrou com uma reclamação disciplinar e denunciou o caso ao Conselho Nacional de Justiça . Em inspeção realizada pelo órgão no ano passado, o processo voltou a andar, mesmo assim, ainda esbarra em alguns entraves para que o homicídio seja elucidado. ?Depois da inspeção realizada pelo CNJ, foram marcadas duas audiências, mas estas foram canceladas por motivos infundados ?, argumenta a viúva Elita Tavares de Alencar Santos.
As audiências foram canceladas pelo desembargador José Ribamar Oliveira, que concedeu Habeas Corpus em plantão ao imperante Dilson Marques Fernandes sob alegação de que a audiência para a oitiva das testemunhas de defesa e o interrogatório do réu Salvador Roberto- acusado dos disparos- não teve menção necessária das testemunhas de acusação.
Isso significa que o crime que chocou os piauienses encaminha-se para o arquivamento. Caso isso aconteça, ficará sem castigo o homicida que puxou o gatilho de uma espingarda no dia 9 de abril de 1991 e atingiu pelas costas o prefeito que jogava dominó com os amigos.