Assassinato de médico em Pernambuco envolve família e R$ 3 milhões

No Tribunal do Júri, Jussara confessou o homicídio e detalhou a morte do marido, eximindo o filho de culpa.

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Cardiologista Denirson Paes; a esposa Jussara Paes e o filho Danilo Paes | Reprodução/Instagram

Uma trama macabra e a disputa por uma herança de R$ 3 milhões envolvem a família de um dos cardiologistas mais renomados de Recife (PE). A história tem como ponto de partida o assassinato do médico Denirson Paes, em junho de 2018. A esposa dele, a farmacêutica Jussara Paes, foi condenada pelo crime, enquanto o filho mais velho, Danilo, engenheiro acusado de ajudar a mãe no homicídio, foi inocentado por falta de provas.

De acordo com o jornalista Ulisses Campbell, do blog True Crime, publicado no jornal O Globo, a investigação revelou que Denirson havia pedido a separação um dia antes de ser morto, planejando sair de casa para morar com outra mulher. Para o Ministério Público, o fim do casamento foi o motivo do assassinato.

Em passeio nas Cataratas do Iguaçu, Daniel, Denirson, Jussara e Danilo . (Foto: Reprodução/Intragram) 

SUSPEITO DA FAMÍLIA

Na época, Jussara e Danilo foram presos. Segundo o inquérito policial, Danilo teria ajudado a mãe a matar o pai. A suspeita sobre o filho aumentou quando áudios de WhatsApp mostraram que a relação deles era marcada por brigas e discussões.

No Tribunal do Júri, Jussara confessou o homicídio e detalhou a morte do marido, eximindo o filho de culpa. Ela contou que, na área externa da mansão da família, deu um mata-leão em Denirson, esfaqueou-o, ateou fogo ao corpo e jogou o cadáver em um poço. Jussara alegou ter feito tudo sozinha, justificando que sofria agressões de Denirson. Foi condenada a 19 anos por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

Após o julgamento, iniciou-se uma batalha jurídica familiar. O filho mais novo, o nutricionista Daniel, de 25 anos, entrou na Justiça para impedir que a mãe e o irmão recebam parte da herança. Por ter confessado, Jussara foi excluída da cadeia sucessória. No entanto, como era casada com o médico sob regime de comunhão parcial de bens, a lei lhe garante direito à metade do patrimônio do marido. Se essa situação prevalecer, ela poderá receber cerca de R$ 1,5 milhão, incluindo metade da mansão onde o crime ocorreu, localizada em Aldeia, Camaragibe, na Grande Recife.

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