A polícia acredita na hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte) para a morte da arquiteta Renata da Trindade Mendonça, de 29 anos, no Alto da Boa Vista, Zona Norte do Rio, no início da manhã de sábado (31). Segundo o delegado, pelo menos cinco homens tentaram roubar o carro de Renata, que teria fugido e acabou baleada e morta pela quadrilha.
De acordo com o delegado, na mesma noite os criminosos cometeram uma sequência de crimes. No Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste, eles sequestraram um motorista, que foi obrigado a dirigir para a quadrilha. Eles também tentaram roubar carros no mesmo bairro. No Alto da Boa Vista, além do carro de Renata, eles tentaram atacar outros motoristas. Um carro chegou a ser atingido por tiros.
A polícia acredita que a quadrilha queria trocar de veículo para fugir. "A Divisão de Homicídios trata o fato como latrocínio. As perícias já estão sendo feitas e estamos colhendo imagens de circuito interno. A gente acredita que num breve espaço de tempo a gente vai dar uma resposta", explicou o delegado Rivaldo Barbosa em entrevista ao Bom Dia Rio.
O motorista sequestrado já prestou depoimento à polícia e, com a ajuda dele, será feito o retrato falado do grupo.
O corpo da arquiteta foi enterrado no domingo (1º), no cemitério do Caju, na Zona Portuária. Parentes e amigos estavam inconformados com a morte da jovem. Sobre o caixão foi colocado uma bandeira do Flamengo, time de coração de Renata. Muito abalada, a família preferiu não falar com os jornalistas.
A vítima foi baleada por volta das 3h de sábado, no Alto da Boa Vista. Mesmo ferida, ela conseguiu dirigir alguns quilômetros na Estrada de Furnas, mas bateu em seguida. Segundo os parentes, ela saiu da Barra da Tijuca e seguia para casa, no Grajaú, na Zona Norte.
No sábado (31), a assessoria da Polícia Militar informou que policiais do 6º BPM (Tijuca) foram chamados para atender a um acidente de trânsito, já que o carro da arquiteta tinha batido num poste na Estrada das Furnas. Os policiais a encontraram desacordada, com uma marca de tiro no ombro. Segundo a polícia, Renata foi levada para o hospital, mas a bala perfurou o coração e ela não resistiu.