John Wallace da Silva Viana, conhecido como Johny Bravo, é apontado como o chefe do tráfico de drogas na Favela da Rocinha, Zona Sul do Rio de Janeiro. Segundo informações do site do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ele tem cinco mandados de prisão expedidos pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
De acordo com estimativas de policiais que investigam o criminoso, Johny Bravo movimenta cerca de R$ 12 milhões por mês através do comércio ilegal de drogas e da exploração de negócios clandestinos na Rocinha. Entre as principais fontes de renda do traficante estão as taxas cobradas de mototaxistas, motoristas de vans, comerciantes e a venda de sinal clandestino de TV a cabo.
Uma das investigações que resultou em sua prisão preventiva revelou um episódio de extrema violência dentro de sua própria quadrilha. Johny Bravo teria ordenado a execução de três membros de sua facção. Um deles, Nerversino de Jesus Garcia, conhecido como Garcia, ocupava uma posição de liderança no tráfico do Morro do Vidigal.
Garcia foi um dos responsáveis pela invasão ao Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio, em junho de 2016, quando um grupo de cerca de 15 homens resgatou Nicolas Labre Pereira de Jesus, o Fat Family, que chefiava o tráfico no Morro Santo Amaro, no bairro do Catete, e estava internado sob custódia policial. Dois meses após o resgate, Fat Family foi morto em um confronto com policiais no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo.
Sentença de morte
Garcia, Diego Reis Ferreira (conhecido como Marcha Lenta) e um comparsa chamado Robert foram capturados em janeiro de 2022 por homens ligados ao tráfico na Rocinha. Eles foram condenados à morte por Johny Bravo e Alan Francisco da Silva, conhecido como Bilan, por terem criado um núcleo de roubos sem o consentimento dos líderes da facção. Esse grupo operava na parte baixa da favela, com atividades voltadas para bairros da Zona Sul. Os três homens foram levados para a parte alta do Vidigal, onde foram brutalmente esquartejados e queimados. Os corpos nunca foram encontrados.
Apesar da falta dos corpos, as prisões de Johny Bravo e Bilan foram decretadas em 23 de setembro de 2023 pela 2ª Vara Criminal do Rio. O despacho da juíza Elizabeth Louro, que ordenou as prisões preventivas, detalhou que as vítimas foram abordadas por criminosos não identificados, seguindo as ordens de Johny e Bilan, e levadas ao Morro do Vidigal, onde foram executadas e os corpos ocultados.
John Wallace Viana e Alan Francisco da Silva continuam foragidos. Johny Bravo é considerado um dos principais membros de uma das maiores facções criminosas do Rio de Janeiro e homem de confiança de Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, que chefiou o tráfico na Rocinha até ser preso em 2017, após uma disputa violenta com a facção de Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem.