A travesti Pâmela Beatriz, 24 anos, morreu na noite de segunda-feira (02) em consequência dos tiros que recebeu durante o corso de Teresina, realizado na Avenida Raul Lopes, no bairro Jockey, zona Leste de Teresina,no dia 30 de janeiro deste ano. A arma que vitimou a jovem, uma pistola Ponto 40, foi apontada ao longo das investigações como de propriedade de um subtenente da Polícia Militar do Piauí.
O delegado Willon Gomes, do 12º Distrito Policial, informou que a arma não era do policial que estava trabalhando na noite do ocorrido. "As investigações foram feitas e com depoimentos de outros policiais, verificamos que o mesmo estava de plantão", disse ao acrescentar que isso descarta a possibilidade do subtenente, um homem de 60 anos, ser o dono da arma.
O policial, nome não divulgado, chegou a fazer Boletim de Ocorrência, já que teve a arma roubada durante o evento.
Travesti baleada no Corso morre no HUT
Pâmela Beatriz estava em coma há três meses no Hospital de Urgência de Teresina (HUT), desde que aconteceu o incidente. Pâmela Beatriz foi atingida pelos tiros quando estava simulando a coreografia “Metralhadora” da banda Vingadoras, hit do carnaval 2016. Ela estava brincando simulando a coreografia com outra travesti de inicial C., 17 anos, que deverá responder por crime culposo (sem intenção de matar).
Chegada do corpo na zona Norte
A chegada do corpo de Pâmela na residência de sua família, no bairro Santa Maria da Codipi, na zona Norte de Teresina, foi dramática. Seu pai, Reinaldo Gomes da Silva, já estava chorando muito, desmaiou e teve q ser levado pelos amigos da família para o quarto, onde ficou deitado para se recuperar.
O corpo de Pâmela Beatriz foi sepultado meio dia de quarta-feira, no cemitério da Santa Maria da Codipi.