Moradores da rua Libertad, no bairro portenho do Retiro, relataram a imprensa argentina que o dono do apartamento em que a brasileira Emmily Rodrigues, de 26 anos, passou as últimas horas de vida costumava usar o endereço para festas "privadas com mulheres". Foi em um desses eventos que a jovem estava antes de cair do sexto andar do edifício, em circunstâncias ainda não esclarecidas. O proprietário do imóvel, Francisco Sáenz Valiente, de 52 anos, foi preso e se tornou investigado na morte da brasileira.
Segundo os vizinhos, também ouvidos pelas autoridades policiais, o apartamento era comumente usado para festas, que aconteciam "em qualquer dia da semana", de acordo com a agência de notícias Telám. Aquela era a primeira vez de Emmily Rodrigues no imóvel, de acordo com a imprensa argentina.
"Ele sempre traz mulheres. Sempre. A qualquer hora, dia ou noite, não importa. Não é a primeira vez", disse uma moradora da área que não quis se identificar ao jornal argentino Clarín.
No interior do imóvel, os investigadores encontraram garrafas de bebidas alcoólicas, sem sinais de drogas ou substâncias ilícitas. Segundo fontes policiais relataram à Telám, o apartamento tinha diversos quartos e em todos foram encontradas roupas íntimas femininas. As camas também estavam dessarumadas como se tivessem sido usadas recentemente.
"Eram frequentes as festas e sempre com música e gritaria, o vizinho é conhecido por essas noitadinhas, gosta de se divertir", relataram moradores da vizinhança ao jornal argentino Clarín.
"Ninguém quer falar, porque ele é de família com dinheiro, muito dinheiro. Ninguém vai se meter a dar opinião", disse um vizinho ao Clarín.
"Ele sempre saía para a rua camuflado, com um chapéu preto, por isso muitos dizem que não o conhecem", relatou outro morador da região.