O ex-jogador Maílson Souza, que atuou como lateral e foi ídolo do Esporte Clube Bahia, recebeu a doação de uma nova cadeira de rodas, informa a sua esposa, Lícia Cavalcanti, nesta segunda-feira (2).
A cadeira antiga estava dentro do carro da família, que foi roubado na semana passada, durante um assalto em frente ao prédio onde o jogador mora, no bairro de Águas Claras, em Salvador.
"O pai dele ligou ontem [domingo] e disse que uma pessoa doou a cadeira e que irá entrar em contato com a gente", diz Lícia. A esposa conta ainda que, assim como o carro roubado, a cadeira de rodas foi cedida ao jogador por meio de doação e precisa ser fabricada com base nas medidas de Maílson. "Ele é muito alto e forte. Precisa medir ele todo para fabricar a cadeira", acrescenta.
Maílson sofre de uma doença degenerativa chamada Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) e depende da cadeira para se locomover. O carro foi localizado no sábado (31), no bairro de Valéria, mas os criminosos levaram os pertences do ex-atleta, como documentos pessoais e receitas médicas. "Nada foi encontrado. Tinha dentro a lista dos medicamentos que ele não pode tomar, o plano de saúde, a carteira de identidade", elenca a esposa.
Lícia Cavalcanti informou ao G1 que foi avisada por representantes do seguro que o veículo tinha sido localizado por policiais. O casal estava na Ilha de Itaparica quando recebeu a notícia e somente nesta segunda-feira (2) foi até a Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos para tomar conhecimento da situação.
Carreira
Maílson foi um dos ídolos do Bahia na década de 90. O ex-jogador, que vestiu a camisa do Tricolor de 1988 a 1995, ficou conhecido pela raça e vontade que demonstrava dentro de campo. Em 2010, ele foi diagnosticado com uma doença degenerativa chamada Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA).
A doença do ex-jogador complica os movimentos das mãos e pernas. Além disso, atrapalha a fala. Desde o ano passado, Maílson tem contado com a ajuda de ex-jogadores, do próprio time e da torcida para manter o tratamento. Com o avanço da doença, o ex-lateral não consegue mais andar e precisa da ajuda de outras pessoas para comer e atender ao telefone.