Após a crise gerada pelo suposto envolvimento do tenente-coronel Claudio Oliveira na morte da juíza Patrícia Acioli, a PM do Rio anunciou nesta quarta-feira a troca de comandantes de batalhões da corporação.
Oliveira chefiava o batalhão da Maré quando foi afastado, mas ocupava o posto mais alto do de São Gonçalo na ocasião da morte da juíza. Oliveira e mais dois PMs estão presos.
Foram criados novos critérios para a ocupação do cargo pelo novo comandante-geral da PM, coronel Erir Costa Filho, que sucedeu o coronel Mário Sérgio Duarte --que pediu exoneração depois de assumir a responsabilidade da escolha do tenente-coronel Cláudio Oliveira, suspeito de ser o mandante da morte de Acioli.
Segundo nota da PM, as "indicações foram feitas pelos Comandos de Policiamento de Área (CPA), a quem as unidades estão diretamente subordinadas."
"O processo de nomeação foi precedido de uma avaliação da ficha disciplinar e judiciária dos oficiais escolhidos, a fim de garantir que os comandantes comissionados estejam dentro do perfil definido pelo comando da corporação para liderar a tropa", diz a PM, na nota.
Entre as mudanças, está a permanência dos comandantes nos batalhões por um prazo mínimo de um ano. "A ideia é permitir que o oficial conheça melhor a área de atuação da unidade, suas peculiaridades e problemas, além de se aproximar mais da tropa e da comunidade. Caso sejam bem avaliados, os comandantes poderão ter suas nomeações prolongadas por mais um ano", afirma a PM.
Segundo a PM, o processo de troca no comando dos batalhões continua e, até o final da semana, novos nomes devem ser anunciados.