O traficante Jean Raynne da Silva Andrade, o Jean Piloto, apontado como sucessor de Celso Pinheiro Pimenta, o Playboy no comando das favelas da região de Costa Barros, foi morto durante uma operação policial nesta quinta-feira, no Morro da Quitanda.
De acordo com a polícia, ele foi encontrado por policiais da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos de Carga (DRFC) enquanto se escondia na comunidade. Houve troca de tiros e ele foi baleado. O traficante, chegou a ser socorrido e levado para o Hospital de Acari, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
De acordo com o delegado titular da DRFC, Marcelo Martins, a equipe já vinha investigando o traficante Jean Piloto há seis meses. Segundo o delegado, ele foi encontrado em uma casa na Rua Pátio da Estação, na divisa entre as favelas da Quitanda e do Chapadão. Piloto estaria obrigando uma família a lhe oferecer abrigo.Quando foi descoberto, o traficante tentou fugir pela porta dos fundos, mas foi encurralado. Ele ainda tentou se esconder atrás de uma cama box e trocou tiros com policiais, mas acabou baleado.
Traficantes do Chapadão e da Pedreira também teriam trocado tiros com os policiais. Agentes da Core, da Polícia Civil, também participaram da operação.
Segundo a polícia, Jean Piloto comandava assaltos a caminhões na região a mando de Playboy. Ele ganhou esse apelido por ter grande habilidade na pilotagem de veículos.Ousado, Jean mantinha um perfil aberto no Facebook, onde compartilhou fotos de Celso Pinheira Pimenta, o Playboy. Em uma das publicações, o traficante afirmava que pretendia vingar a morte de Playboy que, segundo ele, "morreu como herói".
Recentemente a mãe de Piloto, Cátia da Silva Andrade, foi presa durante uma operação Delegacia de Cargas ao ser flagrada guardando em casa um fuzil calibre 5.56 do filho.
Contra Piloto constavam três anotações, por porte ilegal de armas e latrocínio.
Playboy foi morto no sábado, durante uma operação conjunta da Polícia Federal e da Polícia Civil. Na terça-feira, três dias após a morte de Playboy, uma operação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) terminou com a prisão de toda a cúpula da maior e mais violenta facção de traficantes do Rio. Na ocasião foram presos Ricardo Chaves de Castro Lima, o Fu da Mineira; Cláudio José Fontarigo, o Claudinho da Mineira; Rafael Gomes, o Guerreiro; César de Araújo, o PQD; Binho do Engenho, e Duda 2D.