Pelo menos 94 jornalistas e profissionais de mídia morreram em atos violentos no mundo durante 2010, segundo informe publicado nesta sexta-feira (31) pela Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), cuja sede fica em Bruxelas.
Segundo a organização, o Paquistão lidera a lista dos países mais perigosos para jornalistas em 2010, seguido de México, Honduras e Iraque.
De acordo com a FIJ, a maioria dos jornalistas foi vítima de atos violentos causados pelas guerras contra as milícias no Paquistão, os cartéis das drogas no México e os conflitos políticos em Honduras.
"Os jornalistas e profissionais de mídia continuam sendo alvo de políticos extremistas, criminosos e terroristas", lamentou a FIJ.
Pelo menos 94 jornalistas morreram "vítimas de assassinatos, ataques a bomba ou presos em tiroteios" durante combates. Além disso, três jornalistas perderam a vida em acidentes durante o ano, acrescentou a FIJ, somando assim um total de 97 jornalistas mortos no exercício da profissão.
Em 2009, a FIJ havia reportado a morte de 139 jornalistas.
"A morte de quase cem jornalistas constitui uma forte perda que deveria forçar os governos do mundo a trabalhar para proteger melhor os jornalistas", considerou o presidente da FIJ, Jim Boumelha, em comunicado.
"O número de mortos e outros incidentes ligados a conflitos que mataram jornalistas e profissionais de mídia do mundo inteiro este ano demonstra claramente os riscos associados à prática do jornalismo na atualidade", acrescentou.