Os amigos do jogador de futebol Marcelinho Paraíba, presos na quarta-feira durante uma festa no sítio do atleta em Campina Grande (PB), foram liberados ontem, após pagamento de fiança. Eles foram indiciados por desacato e resistência à prisão, mas pagaram R$ 1 mil cada para não permanecerem detidos. Ao contrário do jogador, o grupo não chegou a ser transferido para o Complexo Penitenciário do Serrotão.
Marcelinho, que atualmente defende o Sport Recife, é acusado de tentativa de estupro. O delegado Fernando Antônio Zoccola, que acompanha o caso, afirmou ontem que não houve consumação do ato sexual, mas apenas a intenção, o que é motivo suficiente para comunicar o flagrante à Justiça e tomar as medidas legais cabíveis. "Apenas a intenção do jogador em estuprar a mulher já é suficiente para que ele responda pela acusação. Vamos levar o caso adiante e, se condenado, ele pode ser condenado de seis a dez anos de prisão", disse.
A suposta vítima, uma mulher de 31 anos, foi enviada à Gerência de Medicina e Odontologia Legal (Gemol) de Campina Grande (PB) para passar por exames de corpo de delito. Ela apresentou cortes na boca e pode ter sido forçada a beijar e manter relações com os convidados da festa de Marcelinho no sítio localizado no bairro Nova Brasília, realizada nesta madrugada.
A mulher é irmã do policial Rodrigo do Rego Pinheiro, titular da delegacia do distrito de São José da Mata, e prestou depoimentos classificados como "contundentes" por Zoccola. Segundo a mulher, Marcelinho teria tentado beijá-la e simulado relações sexuais. Com a negativa, partiu para a agressão verbal e física tendo, inclusive, ferido sua boca.
Marcelinho Paraíba foi autuado em flagrante e transferido para a Penitenciária do Serrotão. Ele disse ser inocente e, em seu depoimento, de acordo com o delegado, afirmou não ter tentado estuprar nem beijar a mulher, apenas dançou com ela durante a festa.