A polícia aponta Luciene Reis, amante do pai da menina Lavínia, de 6 anos, como a assassina da menina. A criança foi encontrada morta nesta quarta-feira (2), em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, depois de dois dias desaparecida. Segundo o delegado Robson Costa, da 60ª DP (Campos Elíseos), sua prisão já foi pedida à Justiça.
De acordo com a polícia, ela nega o crime, mas testemunhas do hotel teriam-na reconhecido. Ainda segundo a polícia, a menina teria sido assassinada no dia em que sumiu de casa.
"A ganância foi o principal motivo", diz o delegado, que afirma não acreditar que o pai da menina nem o ex-marido de Luciene tenham envolvimento no crime.
R$ 2 mil pode ter motivado o crime
Ainda de acordo com o delegado, o crime teria sido motivado por dinheiro. Luciene sabia que o pai de Lavínia tinha cerca de R$ 2 mil em casa, provenientes da venda de um carro. As investigações indicam que, ao entrar na casa da família, Luciene teria chamado a atenção da menina e resolveu levá-la para não ser reconhecida. A polícia afirma ainda que ela tinha a intenção de incriminar o ex-marido.
No dia do seu desaparecimento, um vizinho chegou a informar que Rony dos Santos, pai da menina, e Luciene haviam brigado durante a madrugada e que a amante teria ameaçado se matar. Procurada pela polícia, ela negou as acusações e foi liberada.
O corpo de Lavínia foi encontrado num hotel, no Centro de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A menina foi vista pela última vez por volta das 3h de segunda, quando acordou com a chegada do pai em casa. A mãe de Lavínia só percebeu o sumiço quando foi chamar a filha para ir à escola, pela manhã.
De acordo com a polícia, o pai da menina e o ex-marido de Luciene ajudaram nas investigações desde a noite de terça (1°). Rony, a pedido da polícia, ligou para Luciene e disse que caso a menina aparecesse, daria os dois mil reais a ela. O ex-marido de Luciene também fez contato com ela pedindo explicações sobre o envolvimento dele no episodio. Ela teria dito ao ex para não aparecer na delegacia porque daria uma quantia em dinheiro para que ele não falasse nada sobre o assunto. A polícia marcou um encontro entre Rony e Luciene para supostamente negociar o dinheiro. O encontro foi marcado em Jardim Gramacho, onde foi realizada a prisão da suspeita.
Menina foi asfixiada com cadarço
Segundo a polícia, o corpo foi achado por uma camareira do hotel, embaixo da cama, de bruços, enrolada numa toalha e com o cordão do tênis enroscado no pescoço.
A movimentação de policiais no local levou uma multidão de curiosos para a frente do hotel. Chorando muito e bastante abalado com a notícia, o tio da menina esteve lá e, em seguida, saiu em diligência com a polícia.
Durante o inquérito, os pais da menina, a mulher apontada como amante do pai e o ex-marido dela foram ouvidos pela polícia, mas foram liberados.
Na noite de terça-feira (1º), uma testemunha afirmou à polícia que viu uma mulher arrastando uma criança com as mesmas características de Lavínia em Caxias.
Quebra do sigilo telefônico
Ainda na terça, a polícia chegou a pedir a quebra do sigilo telefônico dos pais da menina Lavínia e também de Luciene.
O ex-marido de Luciene também foi ouvido e negou ter envolvimento no caso. Após perícia na casa da menina, a polícia afirmou que só foi possível constatar digitais antigas na janela do quarto de Lavínia.
Como foi o caso
Segundo a versão de Andréia Azeredo, mãe de Lavínia, por volta das 3h, Rony teria chegado em casa. A filha acordou, Andréia a levou ao banheiro e depois voltou a dormir. Ela disse que trancou a janela do quarto da criança e a porta de casa, que fica no segundo andar de um imóvel.
Às 5h45 ela acordou, como de costume. Não encontrou a filha e viu a porta de casa e a janela do quarto da criança abertas. Rony, neste momento, estava saindo para trabalhar, segundo ela. ?Falei pra ele que ela tinha sumido e aí começou o desespero?, contou.
Andréia também contou que, antes do marido chegar, ligou para o celular dele dezenas de vezes e em uma delas uma mulher atendeu.
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