Agora é a vez de Bruno pedir afastamento da defesa; julgamento de ex-mulher é adiado

Bruno pediu afastamento de dois advogados.

O ex-goleiro do Flamengo, Bruno, que está sendo julgado em Contagem (MG). | Reprodução
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O goleiro Bruno pediu destituição dos seus dois advogados Rui Pimenta e Francisco Simim no início do segundo dia do julgamento em que ele e outros três réus são acusados do desaparecimento e morte de Eliza Samudio, em junho de 2010. Os pedidos geraram confusão e tumulto no plenário.

O julgamento parou logo no início, por dez minutos, para que Bruno pudesse conversar reservadamente com os advogados da sua ex-mulher, Dayanne de Souza, e da sua ex-namorada Fernanda Castro.

Os defensores Carla Silene e Francisco Simim se retiraram da sala de audiência para conversar com o goleiro. Na volta, Bruno comunicou à juíza que estava desistindo Pimenta.

O advogado disse que ficou surpreso com a decisão de Bruno, mas que irá respeitar. "Eu fui surpreendido [com a decisão]. Ele quis mudar de estrégia", afirmou, ao deixar o fórum.

Em seguida, o goleiro quis destituir também seu outro advogado, Simim, alegando que ele defende Dayanne e que isso poderia causar eventual prejuízo em caso de eventual discordância.

O promotor Henry Castro interveio, alegando que a preferência no julgamento é para os réus presos e defendeu que Simin deixasse a defesa de Dayanne.

A juíza, então, desmembrou o julgamento de Dayanne e informou que a nova data será marcada juntamente com a do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola.

Durante o impasse Dayanne chorou e deixou o plenário sem falar com os jornalistas, dizendo que "não estava com cabeça" para falar nada.

Goleiro é proibido de jogar futebol até no presídio

Distante dos gramados há mais de dois anos, desde que foi preso acusado de envolvimento no desaparecimento e morte de Eliza Samudio, o futebol faz parte do passado da vida do goleiro Bruno de Souza. Com contrato suspenso no Flamengo, o atleta também foi afastado dos jogos que disputava com os detentos da Penitenciária Nelson Hungria, onde está recluso desde julho de 2010.

Segundo pessoas próximas ao jogador, a medida teria sido tomada pela direção do presídio, após a divulgação de uma carta supostamente escrita por ele e endereçada ao amigo Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, que também está sendo julgado pelo crime desde ontem no 2º Tribunal do Júri de Contagem.

De acordo com parentes, o cartão vermelho seria um dos motivos do abatimento do jogador no primeiro dia de júri, ontem. Agora, a atividade de Bruno fora da cela se resume ao banho de sol diário no pátio com outros presos que estão no mesmo pavilhão.

?Ele foi colocado de ?castigo? por causa da carta. Tiraram o futebol por 20 dias, mas até agora ele não pode retomar. É uma decisão da direção do presídio?, confirmou um parente. Na mensagem ? que a defesa de Macarrão alega não ter recebido ?, Bruno pediu desculpas ao amigo três vezes e deixou subentendido que era para ele assumir a culpa pelo crime em seu lugar.

A divulgação da mensagem ? interceptada por agente penitenciário ? foi motivo também da ?demissão? de Bruno: ele era encarregado da limpeza no presídio.

A Secretaria de Defesa Social confirmou que Bruno foi suspenso por 20 dias das atividades e do banho de sol. O banho foi retomado. Até o fechamento desta edição, a secretaria não informou se a medida foi aplicada ao futebol.

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