Agentes penitenciários teriam matado colega por “queima de arquivo”

Três agentes penitenciários e um segurança particular foram presos na sexta-feira, em Porto Alegre, suspeitos de terem matado um colega de trabalho.

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Três agentes penitenciários e um segurança particular foram presos na sexta-feira, em Porto Alegre, suspeitos de terem matado um colega de trabalho há cinco anos por "queima de arquivo": William Mansur Tadrous de Souza, 39 anos, foi morto com um tiro na cabeça em junho de 2008. Paranaguá Leal Rodrigues, 55 anos, Daniel Tadeu Medeiros Collar, 47 anos, e Luís Antônio Rodrigues Fernandes, 51 anos, que são agentes da Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe), foram detidos em suas casas após ordem da 1ª Vara do Júri de Porto Alegre, e o segurança Luís Mario Rodrigues, 54 anos, se apresentou à polícia no mesmo dia. As informações são do jornal Zero Hora.

Segundo a denúncia do Ministério Público (MP) do Rio Grande do Sul, os quatro homens mataram William para silenciá-lo, já que ele saberia do envolvimento de alguns colegas em crimes como roubo e corrupção. Na época, a Delegacia de Homicídios investigou o caso, mas encerrou o inquérito sem apontar autores. Porém, familiares e amigos de William pediram que o MP investigasse os colegas da vítima - eles estavam intrigados com uma afirmação do homem dias antes de morrer: "pior do que presos, são alguns colegas". A promotora de Justiça Lúcia Helena de Lima Callegari descobriu que dois dos suspeitos - Paranaguá e Daniel -, além de outros três agentes penitenciários, respondem a um processo no qual são acusados por soltar presos para cometer roubos em troca de pagamento em dinheiro. Eles respondem por crimes como formação de quadrilha, falsidade ideológica, corrupção passiva e peculato, e o processo corre na 1ª Vara Criminal do Foro Regional do Partenon.

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