Um agente penitenciário identificado como Jorge Luís Lobo da Cunha, de 36 anos, foi assassinado a tiros na Avenida Litorânea, em São Luís, no Maranhão. O crime ocorreu na tarde de domingo (09). O acusado de cometer o crime, Idael Melo Roxo, foi preso com dois revólveres calibre 38 e 32 e já possui várias passagens pela a polícia.
De acordo com o delegado Leonardo Carvalho, da Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), o agente penitenciário andava pela movimentada avenida da capital maranhense quando foi surpreendido pelos disparos efetuados por Idael. Alvejado com vários tiros, não resistiu e morreu.
O acusado, durante depoimento, negou que tenha cometido o crime de forma intencional. “Ele não disse que fez isso de forma intencional. Ele nos contou que estava jogando futebol momentos antes do crime. Uma mulher teria virado para ele e falado que teriam duas pessoas na parte da areia e mais duas pessoas na parte do calçadão aguardando para matar ele e diante dessa informação, ele nos contou que fez contato com uma terceira pessoa e solicitou uma arma de fogo para supostamente se defender. Foram duas armas de fogo que teriam sido encaminhadas para ele e de posse dessas duas armas, ele saiu da areia do campo de futebol onde ele estava jogando em direção a pista, e quando ele estaria subindo a escada da praia ele ouviu disparos. Ele disse que começou a correr e atirou para trás. Ele confessa que efetivamente atirou com as armas que ele tinha e ele fala que pode ter pegado na vítima”, afirmou.
Segundo Leonardo Carvalho, a versão apresentada pelo acusado não condiz com os fatos apurados até agora sobre a morte do agente penitenciário. “A gente tem uma técnica de interrogatório e nós conseguimos perceber quando a pessoa está mentindo, quando ela está fantasiando e na minha opinião pessoal e profissional, o interrogatório dele foi totalmente mentiroso. A lei garante esse direito a ele de mentir ou permanecer calado. Na minha concepção, 95 por cento do que ele falou é mentira”, continuou.
A identificação do acusado só foi possível devido o relato de testemunhas. “Teve várias testemunhas. A Litorânea estava bastante cheia e várias pessoas viram o acusado. Ele estava com uma bicicleta, ou seja, ele efetuou o crime e ia se evadir do local. Ontem, inclusive, ele foi reconhecido por três testemunhas como o autor do crime”, explicou.