O soldado Yuri Monteiro Ribeiro foi expulso nesta sexta-feira (10) da Força Aérea Brasileira (FAB). Ele usou a internet para prestar solidariedade a amigos suspeitos do espancamento do estudante Vítor Suarez Cunha, 21 anos, agredido quando defendia um mendigo na Ilha do Governador. A Aeronáutica informou que Yuri foi enquadrado na Lei de Serviço Militar, por prática de ato contra a moral pública e falta grave.
Yuri usou uma rede social para defender os amigos presos pelas agressões a Vítor, que passou por cirurgia para a implantação de oito placas e 63 pinos de titânio na cabeça. O militar afastado, que era lotado na Brigada de Infantaria do Galeão, disse ainda na rede social que se estivesse na briga o estudante não estaria vivo.
A expulsão ocorreu após um processo administrativo sumário realizado por uma comissão especial da Aeronáutica, que concluiu que Yuri não tem perfil para fazer parte dos quadros das
Forças Armadas. O ex-militar chegou a ser ouvido na 37ª DP (Ilha do Governador), no inquérito que apura as circunstâncias do espancamento.
Cinco jovens estão presos acusados da agressão: Edson Luiz Júnior, Felipe Melo dos Santos, William Nobre Freitas, Tadeu Assad e Rafael Zanini Maiolino. Segundo o delegado Deoclécio de Assis Filho, que investiga o caso, o inquérito deve ser concluído até o fim do mês.
Vítor Suarez Cunha foi espancado na madrugada do dia 2, ao tentar defender um mendigo que estava sendo agredido. Após passar por uma cirurgia, ele deixou o hospital na tarde da última quarta-feira (8).