Acusado pela morte do estudante Rafael Mascarenhas, Rafael Bussamra prestou novo depoimento nesta segunda-feira na 15ª Delegacia de Polícia, na Gávea, zona sul do Rio de Janeiro. De acordo com o advogado dele, Spencer Levy, seu cliente e o pai, o empresário Roberto Bussamra, foram coagidos pelo cabo da Polícia Militar (PM) Marcelo Bigon e pelo sargento Marcelo Leal a pagar propina de R$ 10 mil para desfazer a cena do acidente e liberar o atropelador.
"Eles não se preocuparam com o estado de saúde da vítima e colocaram meu cliente e o carona em uma viatura, foram até a Rua Pacheco Leão e esperaram pelo pai de Rafael para o pagamento do dinheiro exigido", disse o advogado. Roberto Bussamra levou R$ 6 mil e pagou apenas R$ 1 mil aos policiais, segundo Levy.
O advogado informou que o empresário desistiu do pagamento do restante da propina quando, por meio de um telefonema, pela manhã, foi informado pela mulher que a vítima havia morrido e era filho da atriz Cissa Guimarães e do saxofonista Raul Mascarenhas.
Nesta segunda, a Corregedoria Geral da PM pediu a prisão preventiva por 30 dias do cabo e do sargento. O primeiro pedido de prisão preventiva, feito na semana passada, foi negado sob alegação de que os policiais teriam ficha limpa. A decisão de hoje foi tomada após reunião da corregedoria com o Ministério Público (MP). A dupla já se apresentou neste final de semana e está presa.