Advogado nega que goleiro Bruno tenha regalias na prisão

Advogado do goleiro Bruno diz que desconhecia grampos telefônicos

Goleiro Bruno | Divulgação
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O advogado do goleiro Bruno, Cláudio Dalledone Júnior, disse, nesta segunda-feira (25), que não sabia da existência de grampos telefônicos referentes ao atleta, que está preso há um ano na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O jogador é réu no processo sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio.

Na sexta-feira (22), o jornal "O Tempo" divulgou trecho de uma ligação telefônica de Bruno e para a noiva, que teria sido realizada de um telefone da penitenciária e intermediado por funcionários.

O governo de Minas informou que já investiga se houve irregularidades na conduta de servidores e que os presos podem ter acesso a ligações por motivos especiais. Já o presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputado Durval Ângelo, disse que pretende fazer pedido à Polícia Federal (PF) para que esclarecer se o áudio tem relação com uma investigação sobre vendas de habeas corpus em Minas.

Defesa nega privilégios

Ao site, o advogado de Bruno afirmou que o jogador não tem qualquer regalia dentro da prisão. Dalledone diz que a ligação, realizada em dia 2 de dezembro de 2010, não foi irregular. "Em primeiro lugar, isso não é regalia, não é apoio. Isso é um direito", disse o defensor. Ele afirma que todo preso pode falar ao telefone a cada 15 dias.

A assessoria de imprensa da Secretaria de Defesa Social de Minas Gerais (Seds) informou que as ligações sociais são concedidas aos detentos, mediante autorização e justificativa, por motivo relevante, feita pelo detento, que deve explicar a necessidade de falar com a família como nos casos de doença, ausência nas últimas visitas e morte, por exemplo, ou recomendada por um médico, psicólogo, psiquiatra.

Com relação as ligações apresentadas pelo jornal ?O Tempo?, com transcrição, a secretaria disse que será preciso apurar se houve desvio de conduta de funcionários ou abuso de confiança por parte de Bruno. "Somente o cruzamento dos dados e a investigação feita pela Corregedoria do Sistema Prisional poderá indicar se houve qualquer irregularidade", disse a resposta enviada pela Seds.

A Seds disse também que o ex-diretor da Nelson Hungria Cosme Dorivaldo Ribeiro Santos foi substituído por meio de procedimento rotineiro, como acontece em outras unidades prisionais.

Em dezembro de 2010, quando ocorreu a ligação da penitenciária para Ingrid, em que Bruno é chamado para conversar com a noiva, o diretor da Penitenciária Nelson Hungria era Santos. De acordo com a Seds, Santos não exerce nenhuma função executiva atualmente, mas ainda é ligado à instituição porque os procedimentos instaurados na corregedoria estão em fase de apuração.

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