O advogado dos policiais militares envolvidos na morte do menino Italo, 10, no dia 2, mudou a versão apresentada por seus clientes sobre o disparo que matou a criança. No dia da ação, os policiais disseram que o tiro fatal foi dado após o carro dirigido por Italo ter parado, quando o menino teria feito o último de três disparos em direção aos policiais militares.
Após acompanhar o depoimento na sexta (10) no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, o advogado Marcos Manteiga afirmou que o disparo ocorreu com o carro ainda em movimento.
Segundo Manteiga, o policial que estava de moto atirou enquanto ainda estava na moto e depois de ver um clarão dentro do carro, que julgou ser um tiro. “Ele reagiu porque sabia pelo rádio que o motorista do carro havia atirado contra a polícia”, diz.
O advogado contou que seu cliente estava segurando o guidão da moto com a mão esquerda e a pistola com a mão direita, e não teve como fazer mira. “Ele disparou em legítima defesa”, diz.
“Ele sabia que quem estava no carro estava armado, mas não tinha como ver quem estava ao volante. O policial entrou em choque ao ver que era um menino”, disse.
Apesar da diferença do depoimento dos policiais, Manteiga diz que não mudou a versão dos fatos. “É um esclarecimento, não uma mudança”, afirmou o advogado.