Uma advogada de 27 anos foi surpreendida por um homem armado no escritório onde trabalha, em um shopping de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, no Rio de Janeiro. Ela entrou em luta corporal com o homem e conseguiu desarmá-lo, mesmo levando três tiros, segundo informações preliminares da Polícia Militar.
A Polícia Civil informou que o homem também tinha cometido um outro crime no dia anterior. De acordo com a polícia, ele agrediu violentamente a namorada na terça-feira (25). A polícia não deu mais detalhes sobre este crime, mas disse que o homem não tinha antecedentes criminais até a agressão contra a namorada.
O homem de 21 anos foi preso enquanto tentava fugir do escritório, que fica em um shopping. O ataque à advogada foi registrado por uma câmera de segurança.
Segundo a polícia, na análise preliminar das imagens foi constatado que o homem disparou quatro vezes, sendo que três tiros atingiram a vítima. A polícia destacou que a advogada não morreu porque conseguiu se defender entrando em luta corporal com o autor e conseguiu pegar a arma. A vítima está internada em um hospital particular da cidade. A unidade não deu informações sobre o estado de saúde dela.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), emitiu nota pública sobre o caso, dizendo estar ciente sobre a tentativa de homicídio contra a advogada, que é inscrita na 12ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional do Estado do Rio Janeiro.
"(...) Considerando que, aparentemente, o crime possui relação com a atividade profissional da advogada, a OAB Campos, por meio de sua Comissão de Prerrogativas, designou o Dr. Glaidemir Resende para acompanhar as investigações que estão sendo conduzidas com brilhantismo, pelos policiais da Deam-Campos dos Goytacazes", complementa a OAB.
CONTÉM IMAGENS FORTES:
Relação cliente x advogada
Segundo a polícia, o agressor era cliente da advogada. Ela cuidava de várias causas, dentre elas o inventário do pai do cliente. E, segundo as investigações, a motivação do crime seria o não pagamento dos honorários da advogada estabelecidos no contrato.
O homem foi autuado por tentativa de homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima, além de porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.
A pena da tentativa de homicídio pode chegar a 30 anos, com redução de 1/3 a 2/3 terços. A pena do porte ilegal de arma de fogo de uso restrito é de 3 a 6 anos.