Adolescente é acusado de tentar fazer sexo com filha de policial

Mãe do jovem diz que policial quer mudar o foco das investigações

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O adolescente que relatou ter sido agredido por um policial civil na última sexta-feira (23) em Vicente Pires, no Distrito Federal, será investigado pela Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA) por supostamente ter oferecido bebidas alcoólicas a outros menores e ter tentado manter relações sexuais com a filha do agente, de 13 anos. A mãe do rapaz nega as denúncias e afirma que o policial quer mudar o foco das investigações.

A conduta do agente Vargas Oliveira Rodrigues é apurada pela Corregedoria da corporação, que deve ouvi-lo nesta segunda-feira (26).Ele é suspeito de agredir e ameaçar de morte na última sexta um grupo de adolescentes em um condomínio em Vicente Pires, onde moram os envolvidos. Mesmo sem ter dado depoimento oficialmente, ele relatou sua versão ao delegado que investiga o caso, na 1ª DP (Asa Sul).

A mãe do rapaz afirma que o filho “não cometeu atos libidinosos”. “Se tivesse algum sinal de embriaguez, de droga ou de qualquer coisa nesse sentido, os próprios agentes que registraram a ocorrência, os vizinhos e eu enquanto mãe teríamos percebido. O próprio Instituto Médico Legal teria percebido. É para mudar o foco. Ele está querendo se transformar em vítima, sendo que as vítimas foram eu e meu filho.”

O agente Rodrigues negou ter agredido ou ameaçado qualquer pessoa. “Só vou falar na delegacia na segunda-feira. Não confirmo nada. Eu não machuquei ninguém. O fato ainda vai ser apurado”, disse o policial. A polícia informou que Rodrigues não tem histórico de agressão. O caso é investigado como injúria, ameaça e lesão corporal.

ENTENDA O CASO

Segundo a mãe do rapaz, que também diz ter sido ameaçada, o filho dela foi brincar com a filha do policial na casa dele por volta das 18h30. O policial estava de plantão na delegacia da região.

“Quando deu 19h, meu filho ligou dizendo que estava sendo ameaçado pelo vizinho com uma arma. Saí correndo. Entrei de uma vez no quintal e ele estava com a arma apontada para mim”, relatou.“Ele falou que quase matou meu filho, que quase ‘pipocou’ a cabeça dele. Ele não falava o porquê. Disse até que me mataria. Falou que bateu mesmo e que se a gente quisesse, podia até fazer ocorrência, porque ele mesmo estaria trabalhando na delegacia”, continuou a mulher. Ela afirma que o filho dela, a filha do policial, e mais uma amiga dos jovens, de 14 anos, foram agredidos.

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