A Polícia Civil de Minas Gerais indiciou pelos crimes de latrocínio (roubo seguido de morte), estupro e ocultação de cadáver os dois homens acusados de terem assassinado a tiros um casal de advogados, na Serra do Cipó, região turística a 100 km de Belo Horizonte. O crime ocorreu no dia 3 deste mês.
De acordo com a assessoria da polícia, o delegado responsável pelo caso, Thiago Saraiva, ainda pediu a transformação da prisão temporária para preventiva de Helton Moreira de Castro, 19, e de Marcos Magno Peixoto Faria, 25.
O policial ainda informou que as investigações agora vão ser concentradas na tentativa de verificar a participação de mais pessoas no crime. Caso isso fique comprovado, o delegado afirmou que pedirá a abertura de um inquérito complementar.
Estupro
Durante a apresentação dos suspeitos das mortes à imprensa, feita no dia 9 de janeiro, um dos suspeitos havia confessado aos jornalistas ter ainda estuprado a mulher, sendo que os dois teriam admitido a autoria das mortes à polícia.
Helton Castro ainda acusou o comparsa Marcos Faria, que tem deficiência auditiva, de também ter violentado a advogada, e apontou Farias como sendo autor dos disparos que mataram as vítimas.
A polícia informou ter recolhido à época material do corpo da mulher para confirmar tecnicamente a versão apresentada por eles sobre o estupro.
Segundo o delegado Thiago Saraiva, a intenção da dupla seria a de vender o carro do advogado, uma caminhonete de luxo. Mas eles apenas levaram R$ 170 e os celulares do casal. Posteriormente, o veículo foi incendiado pelos acusados, conforme a polícia.
O chefe do DHPP (Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa), delegado Wagner Pinto, afirmou que os depoimentos dados pelos dois sobre a autoria dos disparos foram conflitantes.
Conforme o policial, um acusava o outro pela morte do casal de namorados. Ele ainda disse que o advogado pode ter reagido durante a ação dos criminosos por causa de um ferimento em um dos braços dele.