Na noite desta quarta-feira (07), a sétima integrante do grupo responsável por assassinar com vários tiros o cabo do BOPE (Batalhão de Operações Especiais), na saída de uma academia na zona Sul de Teresina se entregou à polícia e foi encaminhada para a sede do GRECO (Grupo de Repressão ao Crime Organizado). A mulher identificada como Thaís Monait Meris de Oliveira foi a responsável por observar a vítima dentro da academia e informar aos criminosos o momento em que Claudemir saía do local.
Segundo Flávio Willame da Silva, o sexto preso nesta quarta-feira, a acusada combinou com os bandidos que se levantaria da cadeira para avisar que o cabo ia estar próximo ao local. Ela nega participação no crime. De acordo com a polícia, Thaís tinha um relacionamento com um dos criminosos.
O acusado foi preso na casa de uma tia na região do grande Promorar e confessou sua participação no crime. “Logo que ficamos sabendo do envolvimento do Flávio no crime do policial começamos as diligências no sentido de tentar localizá-lo. Por volta das 15h recebemos uma informação de que ele estaria na residência de uma tia na região do Promorar, pedimos reforços da viatura, fomos até o local, realizamos o cerco, entramos na casa, foi dada voz de prisão e em conversa com ele ele confessou que era um dos indivíduos que no momento da ação estava portando um revólver calibre 38 e foi o autor dos disparos. Foi o primeiro a disparar contra o policial, disse que iria ganhar R$ 5 mil para cometer esse crime”, informou o capitão Silas.
Ainda segundo o capitão, Flávio saiu há dois meses do presídio de Pedrinhas, onde estava detido por receptação. “Depois ele veio para cá onde possui parentes, aqui se juntou com alguns indivíduos que vivem do crime, e já estava praticando outros crimes”, disse.
“Fui preso em Pedrinhas e está com dois meses que fui solto. Eu não sabia que o rapaz era policial, se eu soubesse eu jamais teria feito aqui ali. Eu estava com um 38, atirei no policial e quem acabou foi o outro porque eu tive que sair, eu jamais imaginei que aquele cara era polícia. Eu só fui ontem, das outras vezes eu não fui. Passamos várias vezes na frente da academia, a gente estava na sorveteria, tinha uma moça que eu não conheço que estava lá avisando. A menina disse que era pra matar ele, eu disse que nunca tinha matado ninguém”, afirmou.