“Achei que fosse uma abelha”, diz mulher picada por seringa na rua

Policiais recolheram uma seringa, um frasco e um alicate

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A divulgação do retrato falado de um homem suspeito de atacar mulheres usando uma seringa próximo a estações do metrô, em São Paulo, fez a escritora argentina Ivana Fabiani, de 48 anos, se dar conta de que aquela leve picada nas costas, ocorrida há cerca de dois meses, próximo à estação Consolação, na Avenida Paulista, não havia sido uma simples ferida provocada por um inseto.

“A picada foi próxima ao ombro, no lado direito. Ficou uma marca, mas imaginei que fosse uma abelha. Não me preocupei e deixei para lá. Porém, quando o caso veio à tona, na semana passada, fiquei com medo”, disse Ivana.  “Antes da picada, eu vi pelo canto do olho um morador de rua bem perto, mas nunca imaginaria que ele estivesse com uma seringa. Guardei o rosto dele. Tenho certeza de que é o homem que reconheci na delegacia”, afirma ela, que mora há 35 anos na capital paulista.

Quando Antônio Nogueira de Santana foi preso, policiais recolheram uma seringa, um frasco e um alicate que serão periciados pelo Instituto de Criminalística. No total, quatro mulheres procuraram o 78º DP, nos Jardins, onde o caso foi registrado, para relatar ataques.

Após a prisão de Santana, a Justiça concedeu prisão temporária, de trinta dias, para a polícia concluir o inquérito. O homem, que é morador de rua, responde a dois processos – por desacato e ato obsceno – , mas nunca foi localizado para se explicar perante o juiz.

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