A polícia encontrou na tarde de quarta-feira uma faca no centro de Montalvânia (MG) que pode ter sido usada no assassinato do ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela. Segundo a assessoria da Polícia Civil de Minas Gerais, o objeto foi encontrado no lugar indicado pelo suspeito Paulo Cardoso Santana, preso na cidade, mas transferido para o Distrito Federal. Não há ainda uma confirmação de que a arma tenha sido realmente usada no crime.
A Polícia Civil de Brasília trabalha em conjunto com a delegacia de Montalvânia nas investigações. Santana é sobrinho do ex-porteiro Leonardo Alves, que está preso no Distrito Federal. Em depoimento prestado esta semana, ele disse que a filha do casal, Adriana Villela, foi a mandante do crime. Segundo o porteiro, ele seria um "intermediário" no caso, mas não esteve no apartamento do ex-ministro.
A declaração contraria um depoimento anterior em que Leonardo havia confessado o crime. Na ocasião, ele disse ter sido "destratado" pelo ministro ao pedir emprego e que teria matado para roubar pertences da família.
O crime
Villela, sua mulher e a empregada foram encontrados mortos em agosto de 2009 dentro do apartamento da família na Asa Sul, em Brasília, nos apartamentos 601 e 602 do edifício Leme. Um chaveiro foi chamado para abrir as portas do imóvel, pois não havia sinais de arrombamento. Eles foram esfaqueados e tiveram os corpos esquartejados.
Segundo o laudo do Instituto de Criminalística, pelo menos duas pessoas entraram nos imóveis, e as vítimas receberam pelo menos 73 facadas. Os criminosos fugiram com US$ 700 mil em espécie e ao menos 12 joias - entre elas uma avaliada em US$ 28 mil.