Chegou ao fim o mistério sobre o desaparecimento há mais de um ano da adolescente Giovana Pereira Caetano de Almeida, 16 anos. Ela havia saído de casa para uma entrevista de estágio em 2023. O corpo dela foi encontrado enterrado em um sítio em Nova Granada, no Interior de São Paulo, na noite desta terça-feira (27).
Foi preso o dono da empresa que ela havia feito a entrevista de estágio, Gleison Luís Menegildo, e o caseiro do sítio dele, Cleber Danilo Partezani, após confessarem a ocultação do cadáver. Os dois já foram soltos após pagamento de fiança.
De acordo com a Polícia Militar, uma denúncia anônima informou que um corpo foi enterrado no sítio do empresário. Os policiais foram até o endereço e abordaram o caseiro, que confirmou a informação sobre o corpo e levou os policiais até o ponto onde ele foi oultado.
Ao encontrarem a ossada, os policiais foram em busca do dono da propriedade rural, que estava em São José do Rio Preto, São Paulo. Gleison Luís Menegildo foi encontrado na empresa e, ao ser questionado sobre o corpo, negou envolvimento inicialmente. Em seguida, confessou que levou o corpo até o sítio com a ajuda do caseiro Cleber Danilo Partezani.
SEXO E CONSUMO DE COCAÍNA
Segundo o depoimento do empresário, a vítima, que também era de São José do Rio Preto, foi até a empresa dele para uma entrevista de estágio. Em determinado momento, ainda de acordo com o suspeito, eles passaram a consumir cocaína. O empresário e o caseiro afirmaram à polícia que tiveram relações sexuais com a adolescente.
Ainda segundo a versão dada pelos acusados à polícia, após a adolescente ficar sozinha numa sala, ela teria tido um mal súbito e eles a teriam encontrado já morta. Então, os dois decidiram colocar o corpo em uma caminhonete e levá-lo até o sítio para enterrá-lo.
Após os dois terem falado com a polícia e dado sua versão, por meio de nota, a defesa deles negou que tenha havido relação sexual com a garota. Também negou que eles a tenham matado e informou que o "laudo necroscópico irá confirmar que ela morreu de overdose". A defesa não comentou sobre a ocultação do corpo.
Armas apreendidas com suspeitos
O dono da empresa informou não saber a identificação da vítima inicialmente. No entanto, com a ajuda dos funcionários, ele encontrou um documento semelhante a um currículo que continha os dados da adolescente.
Duas armas foram apreendidas junto com os suspeitos. O dono da empresa e o caseiro foram presos em flagrante por ocultação de cadáver e posse ilegal de arma de fogo.