“Justiça de Deus não falha”, diz pagodeiro solto após acusação de estupro na Bahia

Nesses 39 dias presos, Gagau comentou que não houve nenhuma diferença com os outros detentos.

Dudu, vocalista da band, já está solto | Divulgação
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Um dia após o Tribunal de Justiça (TJ) da Bahia conceder habeas-corpus, os nove integrantes da New Hit, banda de pagode baiana suspeita de estuprar duas meninas, ganharam a liberdade e saíram do Presídio Regional de Feira de Santana, na tarde desta quarta-feira. O policial militar que foi preso junto com os pagodeiros também saiu do Batalhão de Choque de Lauro de Freitas. "A Justiça de Deus não falha", disse Eduardo Martins, o Dudu, vocalista da banda.

Em entrevista, dois integrantes da banda disseram estar muito felizes. "É uma extrema felicidade para a gente reencontrar e curtir nossa família", afirmou Dudu. Já Gagau disse pensar no futuro. "Agora é bola pra frente, vamos recomeçar nossas vidas".

Nesses 39 dias presos, Gagau comentou que não houve nenhuma diferença com os outros detentos. "Somos todos iguais, sem diferenciar cor, raça... Somos tratados da mesma maneira, comemos da mesma comida, usamos o mesmo banheiro, dormimos no mesmo chão".

O advogado de sete integrantes da banda, Cléber Andrade, disse ver a felicidade dos músicos quando foram liberados. "Eles vão sentir o gosto da liberdade e ter a alegria de ver os familiares. Eles aprenderam muito (na prisão)".

Questionado sobre a volta dos shows, Dudu ainda não sabe o que irá acontecer. "Pensamos e não pensamos ao mesmo tempo (em voltar aos palcos). Mas vamos fazer planos semana que vem e tentar voltar em outubro".

Sobre o dia 26 de agosto, quando ocorreu a prisão, o advogado e os integrantes disseram não poder comentar.

Segundo o TJ, o habeas-corpus foi concedido em favor de todos os suspeitos porque todos têm residência fixa e também nenhum antecedente criminal. Apesar disto, todos já foram denunciados pelo Ministério Público Estadual por estupro após investigações da Polícia Civil da cidade de Ruy Barbosa, onde o crime teria acontecido.

De acordo com os peritos, os corpos das jovens continham marcas da violência sexual e as roupas que ambas vestiam continham grande quantidade de sêmen. O delegado titular Marcelo Cavalcanti disse que o material encontrado era bastante superior até ao que poderia ter sido emitido por duas ou três pessoas.

Segundo a investigação do Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Feira de Santana, uma das garotas era virgem. De acordo com o MP, o fato se configura como estupro qualificado com características de crime hediondo.

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