O vereador de Teresina, Dudu Borges (PT) afirmou defender, em entrevista ao MeioNorte.com, uma união entre o seu partido e o atual gestor da capital, Dr.Pessoa para as eleições de 2023. Segundo ele, a prioridade deveria estar centrada na chapa proporcional e não em uma disputa interna pela chapa majoritária.
O Partido dos Trabalhadores trabalha a possibilidade real de lançar candidatura própria ao Palácio da Cidade de Teresina no próximo pleito. Com alinhamento em nível federal e estadual, a sigla acredita ter grandes chances de conseguir êxito na capital que tem histórico de rejeição ao partido.
No entanto, uma disputa interna acabou gerando um mal-estar entre os líderes e correligionários. Acontece que três nomes se apresentam como pré-candidatos na busca pelo feito. São eles: o Presidente da Assembleia Legislativa do Piauí, Franzé Silva, deputado Fábio Novo e deputado Marcus Vinicius. No entanto, Dudu é um dos partidários que acreditam que essa discussão deve ser tratada em consenso entre os demais partidos da base aliada do governo do Estado.
"Nesse momento, a minha opinião é que a gente tem que se debruçar na organização da chapa proporcional. Lá na frente, nós temos e fazemos parte de um campo democrático e popular aqui em Teresina que fazem parte vários partidos. O MDB, o prefeito Pessoa, o PT, o PSD. Do outro lado, tem a célula do Bolsonarismo aqui que é comandando por Sílvio Mendes, Ciro Nogueira e outros. Nós queremos que esse campo democrático continue a governar Teresina. Por isso venho defendendo esse fortalecimento proporcional e lá na frente a gente discutir a estratégia majoritária, assim eu tenho dito dentro do partido."
O parlamentar destaca ainda que acredita ser necessária uma união dentro do PT, além de um diálogo aberto com o que classificou de "campo democrático", fazendo referência aos partidos membros da base de apoio ao governo do Piauí. Dudu lembrou crises passadas da sigla e disse que debates antecipados podem acabar atrapalhando o projeto de lançar um candidato próprio.
"Nós vivenciamos várias disputas internas que não foram boas. Vivemos isso em 2008, em 2012 e 2016. Em 2020 a gente teve um processo mais pacificado. Se a gente começa agora pode acabar desconstruindo a possibilidade de uma candidatura majoritária do PT".