Antes de ingressar no curso de Direito, o preso ingressou na Universidade do crime. Nesta sexta-feira (05), um estudante de Direito foi parar atrás das grades por liderar o Tribunal do Crime do Primeiro Comando da Capital (PCC) e ser responsável por disciplinar os próprios faccionados, na região do Vale do Gavião, na zona Leste de Teresina.
"Mesmo sabendo das consequências eles terminam sendo cooptados e depois se tornam reféns dessas organizações criminosas. Vamos analisar para entender se era a própria facção criminosa que estava bancando esse curso ou se ele estava fazendo o curso por interesse próprio. Sabemos que em outros estados da federação já foram identificados pessoas que foram cooptadas com esse objetivo", comentou o delegado Charles Pessoa, coordenador do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO).
O irmão adolecente do acadêmico de Direito foi outro alvo da operação que acabou indo para atrás das grades, sob acusação de praticar ato análogo a assalto na casa de uma advogada e jornalista no dia 27 de junho, quando ela e a família foram mantidos reféns por mais de 15 minutos. Os acusados agiam com extrema violência.
"Pelas imagens podemos perceber que são pessoas, extremamente, violentas e são inconsequentes. Eles estão dispostas a matar cidadãos de bem, sem motivação, somente pela violência que eles carregam no corpo e na mente", encerrou o delegado Charles Pessoa.
DETALHES DA OPERAÇÃO DRACO 136
A Operação Draco 136 teve como objetivo dar cumprimento a mais de 30 mandados de busca, apreensão e prisão temporária, contra faccionados que atuavam em roubos, tráficos de droga, posse irregular de arma de fogo e receptação.
A operação abrangeu a grande região do Vale do Gavião (incluindo os bairros Vale do Gavião, Conjunto Wilson Martins, Jardim do Uruguai e Sigefredo Pacheco), zona Leste de Teresina.
A ação foi desencadeada pelo Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), em parceria com o BOPAER, Polícia Militar e Guarda Municipal de Teresina.