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Transnordestina já avança 33% no Piauí e deve ser concluída antes do prazo

O avanço só foi possível após o governo federal anunciar, em julho, um investimento de R$ 1,4 bilhão, oriundo dos fundos Finor e FDNE.

Transnordestina: Obras avançam no Piauí com novo investimento | Foto: Francisco Gilásio
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A construção da ferrovia Transnordestina segue avançando no Piauí e já atingiu 33% da segunda fase das obras no estado. Atualmente, os trabalhos se concentram em um trecho de 151 quilômetros entre Eliseu Martins e São Miguel do Fidalgo. A primeira etapa, de 240 km, já foi concluída. A fase em andamento prevê a instalação de trilhos e dormentes, antecipada para o primeiro semestre de 2026. Com isso, o cronograma aponta que todo o percurso em solo piauiense, de 391 km, deve ser finalizado até o segundo semestre de 2028 — um ano e meio antes do prazo inicial.

O avanço só foi possível após o governo federal anunciar, em julho, um investimento de R$ 1,4 bilhão, oriundo dos fundos Finor e FDNE. Do total, R$ 600 milhões serão liberados ainda em 2024 e outros R$ 816 milhões virão do Finor.

Considerada estratégica para o escoamento da produção agrícola e mineral do Nordeste, a ferrovia conectará o Piauí aos portos de Pecém (CE) e Suape (PE), fortalecendo a exportação da região. “Estamos muito otimistas com essa obra, que vai transformar o sudeste do Piauí e impulsionar a mineração em municípios como Paulistana e Curral Novo”, destacou o governador Rafael Fonteles.

No território piauiense, a linha férrea passa por municípios como Itaueira, Ribeira do Piauí, Simplício Mendes, São Francisco de Assis do Piauí e Paulistana, até alcançar a divisa com Pernambuco, em Trindade.

Estrutura e fases

O projeto da Transnordestina é dividido em três grandes etapas:

    •    Fase 1: Porto do Pecém (CE) a São Miguel do Fidalgo (PI), via Salgueiro (PE), com 1.040 km.

    •    Fase 2: Paes Landim a Eliseu Martins (PI), com 166 km, toda no Piauí.

    •    Fase 3: Salgueiro (PE) ao Porto de Suape (PE), com 547 km.

A obra, considerada a maior linear em execução no Brasil, envolve 186 milhões de m³ de terraplanagem, 143 pontes e viadutos e 65 km de bueiros. A ferrovia será composta por 2,2 milhões de dormentes, 209 mil toneladas de trilhos e 3,2 milhões de m³ de brita. Atualmente, são produzidos diariamente cerca de 4,8 mil dormentes e 4,5 mil m³ de brita para atender ao ritmo das obras.

A expectativa do governo federal é iniciar os primeiros testes de operação de cargas já em 2025, ligando o Terminal Intermodal de Cargas do Piauí a trechos do Ceará e de Pernambuco.

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