Teresinense que mora em Israel conta como tem feito para se proteger da guerra

Apesar de viver em uma região relativamente tranquila, onde a cidade não recebeu nenhum alerta de míssil, Nayla afirma que sempre escuta o barulho de mísseis explodindo em cidades próximas; ela relatou que não tem a intenção de deixar o país

Teresinense que mora em Israel conta como tem feito para se proteger da guerra | Reprodução
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Apenas serviços essenciais em funcionamento, com orientações para que a população permaneça em casa e faça um estoque de alimentos. Essa é a situação que a fotógrafa Nayla Trogsnetreger, natural de Teresina, enfrenta desde o último sábado (7). Ela, o marido israelense e seus dois filhos residem em Netanya, uma região localizada ao norte de Tel Aviv, uma das áreas bombardeadas pelo grupo palestino Hamas. Ela compartilhou como tem enfrentado o clima de tensão e medo no programa 'Ronda Nacional', apresentado por Silas Freire.

Apesar de viver em uma região relativamente tranquila, onde a cidade não recebeu nenhum alerta de míssil, Nayla afirma que sempre escuta explosões em cidades próximas. Mesmo diante do medo, ela relatou que não tem a intenção de deixar o país porque o marido e os filhos não possuem passaporte brasileiro.

De acordo com Nayla, o governo israelense recomenda que as pessoas permaneçam calmas, tenham paciência e fiquem em casa. Neste momento, a maioria dos estabelecimentos de Natanya está fechada, e apenas os serviços essenciais, como supermercados e farmácias, estão em funcionamento.

"A orientação do governo é que as pessoas permaneçam em casa, acumulem suprimentos de alimentos e água que possam durar até três dias. No meu caso, tenho um abrigo seguro em casa e conseguimos fazer um pequeno estoque de comida, medicamentos e água lá dentro, caso seja necessário passar algumas horas lá. Já tivemos que fazer isso em alguns dias", disse Nayla.

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Segundo ela, o quarto é reforçado com ferro nas paredes, janelas e portas. "É um quarto completamente normal, mas reforçado com paredes de ferro, janelas de ferro e portas de ferro. Quanto a deixar Israel e ir para outro lugar, isso não passa pela minha cabeça, porque apesar de tudo isso, me sinto mais segura aqui."

O Ministério das Relações Exteriores tem acompanhado a situação das comunidades brasileiras em Israel e na Palestina. Estima-se que haja 14 mil brasileiros residentes em Israel e 6 mil brasileiros na Palestina, a grande maioria fora da área afetada pelos ataques. 

No domingo (8), o governo brasileiro informou que havia seis aeronaves prontas para a repatriação dos brasileiros, sendo que um deles desembarcou com 211 pessoas nesta quarta-feira (11), em Brasília. Apesar disso, ela informou que não deseja entrar na lista de repatriação disponibilizada pela FAB.

 “Muitas pessoas me dizem que o Brasil disponibilizou aviões para os brasileiros que desejam voltar, mas primeiro o Brasil socorre os turistas, ou seja, pessoas que não têm residência aqui. Além disso, mesmo que eu quisesse ir, meus filhos e meu marido não são brasileiros, eles não possuem passaporte brasileiro. Peço que continuem em oração pelo meu país e esperamos que tudo isso termine o mais rápido possível."

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