Uma semana após o crime, Francisco Pereira da Silva, conhecido como “Cocó”, permanece foragido. Ele é apontado como autor do disparo que matou o estudante Walker Cleves da Silva Santos, de 12 anos, no último sábado (27), no bairro Portelinha, em São Raimundo Nonato. Ao Meio News, o delegado Herderson Bernardo informou que as buscas continuam.
ENTENDA O CASO
No dia em questão, segundo a mãe da vítima, Rosângela, o adolescente havia saído com um primo para comprar um refrigerante e foi atingido pelo disparo no momento em que retornava para casa. As investigações apontam que Francisco estava discutindo com outro homem, identificado como Janiel dos Santos Marcos.
Em certo momento, Janiel começou a correr pelo meio da rua, sendo perseguido por Francisco, que efetuava disparos. Um deles atingiu Walker.
“Esse indivíduo, o autor dos disparos, estava com sua namorada, e aí essa pessoa chegou e estava, digamos, importunando a paciência deles, e ele foi repelir esse incômodo que esse sujeito estava causando de maneira desarrazoada, se utilizando de arma de fogo, no que veio a atingir essa criança, que não tinha nada a ver”, explicou o delegado Célio Benício, em entrevista.
CÚMPLICE FOI PRESO
Após o crime, Francisco fugiu do local. Um cúmplice dele foi preso no dia seguinte, em flagrante, por ajudar na fuga e por portar uma quantidade significativa de entorpecentes, que, segundo o delegado, estariam ligados a ambos. O suspeito é natural do Ceará e já responde por falsa identidade e violência doméstica.
VÍTIMA E HOMENAGENS
Walker, conhecido popularmente como “Kevinho”, foi atingido na região do abdômen. Ele foi socorrido imediatamente por uma guarnição da Polícia Militar e levado à Unidade de Pronto Atendimento, mas não resistiu.
Na manhã de domingo (28), a equipe amadora Força Jovem Futebol Clube, de São Raimundo Nonato, da qual ele fazia parte, prestou uma homenagem comovente. Em entrevista à Rede Meio Norte, a mãe do menino relatou que ele tinha o sonho de ser jogador de futebol profissional e, quando terminasse os estudos, se tornar policial.
“Muita justiça tem que ser feita pelo meu filho, que era só um garoto de 12 anos, inocente, com um sonho brilhante pela frente. Se você visse ele falando o sonho dele, você chorava de alegria de saber que uma criança daquele tamanho, daquela idade, tinha esse sonho. Ele dizia: ‘Mãe, eu quero ser um jogador profissional’”, relatou emocionada.