Assim como Gás do Povo, o programa Luz do Povo, que oferece desconto na conta de energia para famílias de baixa renda, passou por mudanças que aumentam o valor do benefício e ampliam o número de pessoas atendidas.
Conforme informações foram repassadas pelo secretário de Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (Sasc) durante entrevista ao Bom Dia Meio Norte nesta terça-feira (25), equipes do governo estão identificando as famílias que têm direito aos programas sociais. O trabalho começou por Teresina, mas já está sendo expandido para todas as regiões do Piauí.
"Esse é um programa muito importante, porque esse programa também já existia, apenas sofreu uma alteração. Devido a isso, nós temos 204 mil famílias no Piauí que tem direito, mas não acessaram o programa", falou.
ALTERAÇÕES
Antes, o desconto na conta com o programa Luz do Povo só era aplicado quando o consumo mensal de energia não ultrapassava 30 kW, um valor considerado muito baixo. Agora, o limite subiu para 80 kW.
O secretário destacou que 80 kW é suficiente para manter eletrodomésticos e itens básicos de uma residência, como geladeira, ventiladores, televisão, ferro de passar e carregadores de celular. Dentro desse limite, o desconto é de 100%, e a família paga apenas os imposto, o que reduz uma conta que poderia ficar entre R$ 60 e R$ 70 para cerca de R$ 10.
Ele também explicou que, caso o consumo ultrapasse 80 kW e chegue até 120 kW, o morador paga apenas o valor que exceder esse limite, já que os primeiros 80 kW continuam sendo descontados. Segundo o secretário, a mudança torna o benefício mais útil e efetivo, principalmente para famílias que têm condições simples, mas precisam de energia para manter sua rotina.
O governo estima que 204 mil famílias no Piauí têm direito ao desconto, mas ainda não acessaram o programa. Em Teresina, são cerca de 44 mil famílias nessa situação. Para ajudar na identificação do público atendido, o Estado busca uma parceria com a Equatorial, já que a distribuidora recebe o consumo mensal e sabe o endereço das residências que se encaixam nos critérios.
A renda exigida continua a mesma: até meio salário mínimo por pessoa. Somados o desconto da conta de luz, que pode representar R$ 60 a R$ 70 por mês e o auxílio do gás, de R$ 120, a renda da família pode aumentar em quase R$ 200 mensais.
De acordo com o secretário, o valor que deixaria de ser gasto com luz e gás pode ser usado em alimentação, remédios e outras necessidades. Ele reforçou que as famílias devem procurar os CRAS e acompanhar as informações divulgadas pela imprensa para não perder o direito aos programas.
O governo também envolve prefeituras e secretarias municipais de assistência social na busca ativa das famílias. "As mudanças devem gerar um impacto de cerca de R$ 40 milhões por mês na economia do estado, considerando os dois programas juntos. Esse dinheiro circula principalmente dentro dos bairros e municípios, beneficiando o comércio local e fortalecendo a economia nas comunidades", comentou.