Diante da grave crise financeira enfrentada pelo Hospital São Marcos, que levou à suspensão parcial dos tratamentos oncológicos de pacientes do SUS, o secretário estadual de Saúde do Piauí, Antonio Luiz, se manifestou nesta quinta-feira sobre a situação da instituição. Em entrevista, ele classificou o caso como “complexo” e explicou os desafios envolvendo a gestão financeira de uma entidade filantrópica, mas de caráter privado.
“O São Marcos é um caso complexo porque é uma gestão financeira de uma entidade privada, mas é filantrópica que, em geral, tanto a União, como o Estado e o município procuram ajudar”, afirmou o secretário.
Segundo Antonio Luiz, o Governo do Estado já realiza uma complementação de recursos para apoiar o hospital, embora reconheça que o valor ultrapasse os limites financeiros do próprio Estado. No entanto, ele destacou que há entraves relacionados à consolidação de dívidas entre diferentes esferas públicas e a falta de acesso detalhado às contas da instituição.
“Há um problema de convencimento de dívidas de um lado para o outro. Ninguém sabe também adentrar em detalhes da conta do São Marcos porque é uma empresa privada, então essa discussão vai demorar um pouco para se resolver”, disse.
Apesar das dificuldades, o secretário informou que parlamentares federais do Piauí já procuraram o Ministério da Saúde para solicitar apoio direto ao São Marcos.
Antonio Luiz anunciou novas medidas que estão sendo adotadas pelo Governo do Estado para ampliar o acesso ao tratamento oncológico no Piauí. Entre elas, a implantação, em breve, de um serviço de radioterapia no Hospital Universitário de Teresina, além da instalação de radioterapia no Hospital Marcos Bastos, em Parnaíba.
Ele também revelou que, a partir de maio, o Hospital Getúlio Vargas (HGV), em Teresina, contará com um novo serviço de oncologia, que será estendido às cidades de Picos e Floriano.
“Nós do governo do Estado estamos colocando no mês de maio, no hospital HGV, o serviço de oncologia, aqui em Teresina, Picos e Floriano”, concluiu.