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Seca prolongada leva governo do Piauí a ampliar decreto de emergência para outros oito municípios

Com a atualização, 126 municípios passam a integrar o decreto de emergência, permitindo reforço das ações de apoio e assistência às áreas mais afetadas pela estiagem

Estiagem e falta de água | Foto: Reprodução
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O Governo do Piauí publicou, no Diário Oficial da última sexta-feira (7), um novo decreto que amplia a situação de emergência causada pela seca em diversas regiões do estado. Com a atualização, 126 municípios piauienses passam a integrar a lista de localidades em emergência.

A decisão tem como base uma análise técnica da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), que aponta o agravamento da estiagem no segundo semestre, com aumento das áreas classificadas como Seca Grave (S3) e Seca Extrema (S4). O estudo também prevê chuvas abaixo da média e temperaturas elevadas nos próximos meses, o que tende a prolongar a crise hídrica.

Com o novo decreto, oito cidades foram incluídas na lista: Campo Grande do Piauí, Oeiras, Palmeira do Piauí, Piripiri, Regeneração, Riacho Frio, Ribeira do Piauí e Wall Ferraz.

Falta de chuvas afeta cidades do Piauí (Foto: Reprodução)

“São municípios que estão em situação de seca grave ou extrema e fizeram solicitação por meio de ofício. A Defesa Civil segue monitorando os impactos e apoiando as ações de resposta desses municípios”, afirmou Yvana Dantas, diretora de Resposta da Defesa Civil do Piauí.

Segundo o monitoramento climático, a falta de recarga hídrica tem provocado exaustão de reservatórios e poços artesianos, especialmente em áreas de solo cristalino.

Seca continua avançando

De acordo com informações apresentadas pela Semarh, o período entre junho e agosto registrou expansão da seca e o primeiro episódio de seca extrema concentrado no sudeste do estado. Nos meses seguintes, setembro e outubro, o fenômeno se espalhou para outras regiões, agravando perdas na agricultura, na pecuária e no abastecimento das zonas rurais e urbanas do semiárido piauiense.

Prefeituras e secretarias municipais já haviam protocolado pedidos emergenciais ao Governo do Estado, relatando redução drástica da água disponível para consumo humano, morte de animais, perda de lavouras e o aumento da vulnerabilidade social entre famílias que dependem do campo.

Medida tem aliviado danos

O decreto entra em vigor a partir da data de sua publicação e terá validade pelo período regulamentar previsto na legislação federal que orienta a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil.

A atualização permite que o Estado continue atuando de forma coordenada com os municípios, além de assegurar o envio de relatórios ao Governo Federal para solicitação de reconhecimento federal do desastre — condição necessária para a liberação de recursos destinados ao socorro imediato e à assistência às populações atingidas.

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