Nesta quarta, dia 31 de maio, o SAMU aéreo completa 10 anos. Ao longo desse tempo foram mais de 1000 voos e centenas de vidas salvas. O serviço aéreo do Piauí realiza, em média, de 20 a 30 atendimentos por mês em sete cidades no estado. São elas, Parnaíba, Floriano, Picos, São João do Piauí, Bom Jesus e São Raimundo Nonato.
O Secretário de Saúde, Antonio Luiz, informou que o estado ainda pretende abrir parceria com a Polícia Militar do Piauí para utilização dos helicópteros em casos de urgência médica. Uma das dificuldades apontadas pelo gestor foi o fato de nem todos os municípios piauienses possuírem pistas para pouso da aeronave do SAMU.
“O SAMU aéreo é uma atividade importantíssima. Temos profissionais altamente qualificados que fazem esse salvamento. Ainda temos certa restrição por causa de pistas de pouso, mas nós estamos querendo incrementar esse plano aéreo e também tem os helicópteros da Polícia Militar que às vezes ficam ociosos, então pra gente fazer um convênio com eles estamos tratando com a PM pra que possamos usar o helicóptero pra locais onde a aeronave atual não possa pousar. A gente está tentando melhorar cada vez mais”, disse o secretário.
O diretor do SAMU aéreo, o médico Thirso Muniz, ressaltou o quanto o serviço foi se modificando ao longo de 10 anos. A quantidade de atendimentos no interior do estado aumentou significativamente desafogando as demandas das ambulâncias locais. “A gente está tentando melhorar cada vez mais”, disse.
“O SAMU aéreo tem uma grande importância no sentido dele encurtar distâncias. Quando a gente vai num avião, a gente consegue realmente diminuir distâncias que a gente demoraria seis, oito horas pra chegar em Teresina em certas circunstâncias. Ao longo desses anos é notório como a gente mudou o nosso perfil de atendimento. Inicialmente a gente tinha uma muitos casos de traumatismo cranioencefálico e o nosso foco era deixar o paciente no HUT. Então, era aquele paciente que teve um acidente de motociclístico, bateu a cabeça, estava lutando contra a vida e tinha que vir com urgência pra uma avaliação neurocirúrgica”, informou.
“Ao longo desses dez anos vários serviços no interior foram crescendo, foram tendo neurocirurgiões, por exemplo, e o nosso perfil foi mudando a gente faz muita transferência de neonatos que precisam vim pra Teresina fazer um procedimento cirúrgico. Hoje a gente faz muita transferência entre UTIs, antigamente você não tinha UTI do interior do estado. E a cada ano que passa a gente vai se adaptando às novas realidades”, finalizou.