A Polícia Civil deflagrou nesta quinta-feira (04) a Operação Laverna, com medidas cautelares contra influenciadoras digitais suspeitas de envolvimento em crimes virtuais. A ação foi conduzida pela 2ª Delegacia Seccional, com apoio da Superintendência de Operações Integradas.
As investigações apontam que as influenciadoras estariam promovendo plataformas de apostas ilegais conhecidas como “Jogo do Tigrinho” e similares, que prometem ganhos rápidos e fáceis em dinheiro real. Segundo a Polícia Civil, a divulgação desses jogos teria gerado movimentações financeiras estimadas em R$ 10 milhões.
Quem são as investigadas
Thaisa Costa Machado – Maquiadora profissional e empresária do ramo da beleza, é dona de uma loja de maquiagens e ministra cursos de mentoria na área. Compartilha o dia a dia como empresária e já realizou várias publicidades. No Instagram, soma cerca de 594 mil seguidores.
Tereza Iva Gomes Freitas, conhecida como “Tereza Fazendinha” – Produzia conteúdos de humor e rotina como dona de casa. Conta com aproximadamente 128 mil seguidores nas redes sociais.
Emília Magalhães Brito – Criadora de conteúdo que mostra a rotina como mãe e empresária, também atuava com parcerias publicitárias. Possui 93,2 mil seguidores no Instagram.
Crimes investigados
De acordo com o delegado Ayslan Magalhães, responsável pelo caso, as influenciadoras poderão responder pelos crimes de estelionato, organização criminosa, lavagem de dinheiro, divulgação de loteria não autorizada e indução do consumidor a erro.
“Essas plataformas operam sem qualquer autorização dos órgãos competentes, sem mecanismos de transparência ou auditoria, funcionando à margem da legislação nacional, à semelhança de cassinos online”, destacou o delegado.
O nome da operação
A operação recebeu o nome de Laverna, em referência à deusa romana associada ao submundo, a ladrões e a atos ocultos, simbolizando o caráter dissimulado das práticas investigadas.
A Polícia Civil informou que seguirá atuando de forma rigorosa no combate a crimes digitais e contra o uso das redes sociais para promover atividades ilícitas.