Preso desde setembro de 2024, Leonardo Oliveira da Costa, vulgo “Léo Gordim”, é apontado como o líder da facção criminosa Bonde dos 40 em três estados: Piauí, Maranhão e Ceará. Segundo o delegado Samuel Silveira, ele é fundador do B40 em Teresina.
O Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (DENARC) divulgou, na manha desta terça-feira (9), a estrutura hierárquica da facção no Piauí com o foco na lavagem de dinheiro.
histórico criminal
Leonardo havia sido capturado em Aquiraz, Ceará, no dia 8 de setembro. Segundo a Polícia Militar, ele estava utilizando documentos falsos para fugir da polícia. Na época, ele era procurado com três mandados de prisão em aberto, sendo investigado como um dos responsáveis pelo sequestro de uma tesoureira do Banco do Brasil em Teresina, em 2017.
Ele chegou a ser preso em março de 2017, mas foi solto meses depois no Maranhão. Porém, teve outra prisão decretada pela Justiça do Piauí por diversos crimes cometidos no estado.
ENVOLVIDO EM SEQUESTRO
Em fevereiro de 2017, uma tesoureira da agência do Banco do Brasil (BB), em Teresina, sofreu um sequestro relâmpago. Os filhos da funcionária e seu namorado foram mantidos em cárcere privado.
Na época, a tesoureira chegou a ser levada para sacar dinheiro da agência. Os outros integrantes da quadrilha ficaram com parentes da vítima como reféns para obrigá-la a efetuar o saque e entregá-los. As vítimas foram liberadas após o sequestro e não houve feridos.
PRESO DURANTE OPERAÇÃO
Ele foi preso preventivamente novamente na manhã desta terça-feira (9), durante a Operação “Capital Oculto”. Segundo o delegado Samuel Silveira, coordenador do Denarc, os alvos são suspeitos de integrar o Bonde dos 40 e atuavam na movimentação financeira da facção, por meio de um esquema de lavagem de capitais.
"Mandado de prisão também sendo cumprido no estado do Ceará contra o fundador do Bonde dos 40, que é o Léo Gordim. Uma investigação complexa, de mais de 1 mil páginas que resultou tanto na cadeia de boca de fumo aos empresários que circulam o dinheiro, que lavam o dinheiro do tráfico e também daqueles que seriam a expressão máxima dessa organização criminosa, como o Léo Gordim, sendo novamente preso preventivamente", disse o delegado.