O Grupo Meio promoveu, na manhã desta terça-feira (19), uma roda de conversa com o objetivo de debater a tempática da consciência racial e combate ao racismo. O evento, realizado na Sala Napoleão Guimarães, integra a programação do Dia da Consciência Negra, celebrado nesta quarta-feira (20).
A conversa contou com a participação de colaboradores de diferentes setores da empresa e teve a mediação de Nágila Alves, com as participações da pesquisadora e bióloga Sacha Aguiar e da historiadora Katya Dángeles. Entre os convidados, também estavam Paulo Guimarães, cofundador do Grupo Meio, Idezina Serra, diretora geral da Rede Meio, e Maria Laura Guimarães, diretora Digital.
Reflexão histórica e compromisso
Um dos temas discutidos foi a importância de trazer o protagonismo negro para o centro das narrativas. “Estamos vivendo um momento marcante. Pela primeira vez, o Dia da Consciência Negra é um feriado nacional, o que amplia o debate e incentiva empresas como o Grupo Meio a promoverem esse tipo de reflexão”, comentou Nágila Alves.
As palestrantes falaram a necessidade de enxergar o povo negro como parte fundamental da construção do Brasil, indo além das narrativas de exclusão e opressão. “O feriado faz as pessoas se perguntarem o porquê dessa data. Isso leva à pesquisa, ao debate, e amplia o entendimento sobre a importância histórica e social da luta contra o racismo”, afirmou Sacha Aguiar.
antirracismo no ambiente corporativo
A discussão também abordou como o ambiente de trabalho pode ser um espaço para combater desigualdades. “Empresas têm um papel essencial na promoção da diversidade e da inclusão. Ações afirmativas, como o incentivo à denúncia de práticas discriminatórias e o engajamento em debates, são formas concretas de mudar essa realidade”, disse a diretora de RH Gleycianne Viana.
O Grupo Meio destacou que busca incorporar políticas internas que promovam a igualdade racial e a ética corporativa, entendendo que mudanças estruturais exigem diálogo e ação constante.
História e representatividade
Durante o evento, foram citadas figuras importantes da história negra e iniciativas que ajudam a preservar e difundir o legado de resistência e conquistas dessa população. “Falar sobre a comunidade negra é reconhecer suas contribuições na economia, na política, na cultura e em todas as áreas que moldaram o Brasil”, ressaltou Katya Dángeles.
A programação encerrou com um convite à reflexão coletiva, mostrando que a inclusão começa com a escuta ativa e a valorização de todas as vozes.