Em Assembleia Geral da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Piauí (UFPI) realizada nesta terça-feira (7), no campus Ministro Petrônio Portela, em Teresina, professores da instituição decidiram aderir à paralisação nacional dos servidores públicos federais. A intenção é pressionar o Governo Federal para a negociação das reivindicações da categoria, como a recomposição salarial. O movimento deve durar 48 horas, hoje (7) e amanhã (8), e vai contar com atividades nas dependências da instituição.
No ato, organizado pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) em conjunto com outras entidades de educação, os professores, servidores da UFPI e representantes do Diretório Central dos Estudantes (DCE-UFPI) se reuniram em frente à reitoria para discutir as ações que serão realizadas nos dois dias de paralisação. Entre elas, conforme relatou a professora do curso de Jornalismo da instituição, Juliana Teixeira, está a recomposição salarial.
"[O motivo da paralisação] é a falta de negociação do governo para que possamos discutir a recomposição salarial dos professores para o próximo ano. Até o momento, não há previsão para a nossa recomposição salarial em 2024. Portanto, a luta da paralisação é justamente para abrir esse canal de diálogo e garantir a nossa inserção. Estamos enfrentando uma defasagem salarial, e não se trata apenas dos últimos quatro anos, mas dos últimos seis", disse Juliana.
Os professores alegam que desde o governo de Michel Temer (2016-2019), a categoria não foi contemplada com recomposição salarial, enfrentando hoje uma defasagem de 39%. Na paralisação, que teve início às 8h desta terça-feira (7), estão previstas caminhadas pelos centros da UFPI e palestras online ainda no dia de hoje.
Amanhã (8), está programada outra manifestação às 8h da manhã na entrada do campus Ministro Petrônio Portela da UFPI, seguida de uma caminhada pelos centros para conscientizar as pessoas sobre os desafios que estamos enfrentando. "Estamos nos unindo a essa luta e queremos convocar toda a sociedade para que reconheça a importância da valorização. Essa paralisação não se limita apenas a aqui", concluiu a professora Juliana.
A paralisação é parte de uma mobilização nacional organizada pelo Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (SINASEFE), o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) e a Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra).