A Ponte Governador João Luís Ferreira, mais conhecida como Ponte Metálica, que liga Teresina (PI) a Timon (MA), será interditada a partir de 1º de setembro por um período de 30 dias. A medida, anunciada pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Piauí (Crea-PI), faz parte de um projeto de manutenção com duração total de um ano.
O bloqueio temporário é necessário para que sejam feitos reparos no pavimento rodoviário e na via férrea, etapa considerada incompatível com o tráfego de veículos e pedestres.
O que motivou a obra
A interdição é fruto de uma inspeção realizada pelo Crea-PI entre janeiro e fevereiro deste ano, que apontou a necessidade de intervenção urgente em um dos pilares de sustentação e em elementos de ligação da ponte.
O engenheiro civil Cleitman Oliveira explicou que há desgaste natural em virtude da idade da estrutura, com mais de 80 anos, e um processo de corrosão que precisa ser controlado.
“Inicialmente, não há risco de ruptura, mas, por ser um processo contínuo, é fundamental tratá-lo para manter a segurança e estabilidade da ponte”, afirmou.
Duas fases de trabalho
Segundo o Crea-PI, a obra será dividida em duas etapas:
- Primeira fase (6 meses) – Manutenção no pavimento rodoviário e na via férrea, com interdição total do tráfego por 30 dias.
- Segunda fase (6 meses) – Intervenções nos pilares e estacas de fundação, sem bloqueio total da passagem, mas com possíveis restrições pontuais no trânsito.
A interdição, inicialmente prevista para três meses, foi reduzida após reivindicação das prefeituras de Teresina e Timon.
Patrimônio e tráfego intenso
Tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a Ponte Metálica é um dos cartões-postais de Teresina e uma das três ligações rodoviárias com Timon. De acordo com a Superintendência Municipal de Trânsito e Transportes de Timon, entre 60 e 70 mil veículos cruzam diariamente a estrutura.
O presidente do Crea-PI, Hercules Medeiro, reforçou que as autoridades municipais e a concessionária responsável estão alinhadas para minimizar os transtornos.
“É importante que a população já comece a se programar para usar rotas alternativas durante a interdição”, disse.