A Polícia Civil do Piauí, por meio da Diretoria de Operações Policiais (DEOP), prendeu um homem identificado pelas iniciais A.F.T.S., de 40 anos, em cumprimento a mandado de prisão temporária pelo crime de homicídio qualificado. A ação contou com o apoio da Diretoria de Inteligência (DIPC), do Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (DENARC) e da Corregedoria-Geral da Polícia Militar do Piauí (PMPI).
A prisão foi realizada na tarde do último sábado (18/10), em um condomínio localizado no bairro Pedra Mole, zona leste de Teresina.
De acordo com o delegado Tales Gomes, diretor da DEOP, a prisão está ligada à investigação do assassinato de José de Ribamar Pereira Osorio, de 54 anos, ocorrido no dia 12 de abril de 2023, na cidade de Santo Inácio do Piauí, região Sul do estado.
As investigações apontam que A.F.T.S., então patrão da vítima, contratou um seguro de vida no valor de R$ 1,5 milhão em nome de José de Ribamar, colocando um advogado como beneficiário, sem o conhecimento da vítima ou de seus familiares. A existência do seguro só veio à tona após um funcionário da seguradora ir até Santo Inácio do Piauí para apurar se o valor deveria ser liberado.
Ainda segundo o delegado, A.F.T.S. tentou subornar uma das filhas da vítima, oferecendo dinheiro para que a família não comentasse sobre o seguro. Na noite do crime, ele convidou José de Ribamar para acompanhá-lo até uma propriedade rural de sua posse, também em Santo Inácio. Antes de sair, a vítima relatou à esposa que iria com A.F.T.S., mas que este havia pedido que a saída não fosse mencionada a ninguém.
Diante da demora do retorno do marido, a esposa foi até o local indicado e encontrou José de Ribamar morto.
As investigações também revelaram que o suspeito estava na cidade no dia do crime, além de ter adulterado documentos públicos com o objetivo de receber o seguro e coagido pessoas para viabilizar essa fraude. As apurações seguem para esclarecer outros detalhes do caso.
A.F.T.S. é tenente da Polícia Militar do Piauí e foi encaminhado ao presídio militar. A PMPI foi acionada, prestou apoio à operação e declarou que não compactua com esse tipo de conduta, reafirmando seu compromisso com a ética. A Corregedoria-Geral da corporação informou que o oficial já responde a um Conselho de Justificação, processo que avaliará se ele poderá ou não continuar na PM.