A Polícia Civil do Piauí prendeu, nesta quinta-feira (14), o último suspeito de envolvimento no sequestro do adolescente Jorge Gabriel Carvalho, de 14 anos, ocorrido no fim de junho, em Monsenhor Gil. A ação foi realizada pelo Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) na zona rural de Nazária.
O crime ocorreu na noite de 25 de junho, quando Jorge Gabriel foi abordado por homens armados na BR-316 e colocado à força em um carro preto. Ele foi encontrado dois dias depois, em um cativeiro em Nazária, e resgatado pela polícia.
Segundo o delegado Charles Pessoa, coordenador do Draco, o homem preso nesta quinta-feira teve participação direta na ação criminosa e chegou a abrigar um comparsa, conhecido como “Baiano”, que morreu em confronto com as forças de segurança.
“Efetuamos a prisão do último sequestrador no caso do garoto de Monsenhor Gil. Ele teve participação direta, além de abrigar um dos indivíduos que veio de fora, o ‘Baiano’, que ficou 14 dias nessa residência”, afirmou o delegado.
Ainda de acordo com Charles Pessoa, o preso atuou junto com outros três suspeitos, Ítalo, apontado como mandante, Matheus e “Baiano”, na abordagem ao adolescente.
“Eles foram até a cidade de Monsenhor Gil, pegaram o garoto e levaram para um cativeiro aqui na zona rural. Hoje concluímos por completo essa investigação efetuando a prisão do último criminoso. O Ítalo continua preso em São Paulo e futuramente vai ser recambiado para o estado do Piauí”, completou.
PRISÃO DE MANDANTE
Em 8 de julho, a polícia já havia prendido, em Campinas (SP), o homem apontado como suposto mandante. De acordo com a investigação, Ítalo teria ordenado o sequestro devido a uma dívida de cerca de R$ 200 mil com uma facção criminosa ligada ao tráfico de drogas. Ele também é investigado por ameaçar e tentar extorquir o pai da vítima após fugir do Piauí.
O delegado Charles Pessoa, coordenador do Draco, afirmou que alguns envolvidos são amigos de infância e cresceram juntos em Monsenhor Gil. Um dos suspeitos presos seria natural da Bahia e teria sido trazido ao Piauí para cometer crimes.
O pai da vítima relatou que os sequestradores pediram R$ 250 mil pelo resgate, mas ele não efetuou o pagamento.