O juiz federal Marcio Augusto de Melo Matos, da 6ª Vara Federal de Guarulhos, concedeu liberdade provisória a Gisele Fernandes Freitas, de 21 anos, piauiense que foi presa na última terça-feira (21) ao tentar embarcar para a Europa com cápsulas de cocaína no estômago e nas partes íntimas. Ela foi solta na sexta-feira (24), após audiência de custódia.
Na decisão, o magistrado levou em consideração o fato de Gisele ser mãe de uma criança de 4 anos e não ter antecedentes criminais. Para assegurar que a jovem cumprirá com as obrigações legais, o juiz impôs medidas cautelares, como a obrigação de comparecer a todas as etapas do processo e a proibição de mudar de endereço sem informar à Justiça.
Conforme a decisão, Gisele também foi restrita de se ausentar do domicílio por mais de uma semana sem autorização do juízo e probida de deixar o país (com a entrega do passaporte, caso não tenha sido apreendido pela Polícia Federal).
"A luz do caso concreto, considero suficientes as medidas cautelares a seguir indicadas, menos gravosas que a decretação da prisão domiciliar. Concedo liberdade provisória mediante cumprimento das seguintes medidas cautelares: a) comparecimento a todos os atos do processo; b) proibição de mudar de endereço sem informar a Justiça Federal, assim como de ausentar-se do respectivo domicílio por mais de uma semana sem prévia e expressa autorização do juízo; c) proibição de deixar o País, devendo entregar em cartório o seu passaporte por ocasião do comparecimento à Vara para prestação do compromisso, caso não tenha sido apreendido pela Polícia Federal; d) comparecimento mensal em Juízo do domicílio, segundo orientação recebida da Justiça Federal em Guarulhos, para comprovar as suas atividades", afirma o juiz no termo da audiência de custódia.
Presa tentando embarcar para Paris
Gisele Fernandes Freitas, uma jovem de 21 anos, natural de Teresina e residente em Timon, Maranhão, foi presa pela Polícia Federal na terça-feira (21), no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, tentando embarcar para a Europa com cápsulas de cocaína no estômago e nas partes íntimas. A prisão foi realizada após ivestigações da Polícia Civil e da Gaeco. Durante a fiscalização de passageiros e bagagens, os policiais a selecionaram após o aparelho detector de drogas e explosivos indicar sua possível ligação com cocaína.
Após uma revista pessoal realizada por uma policial feminina, na presença de testemunha, a agente revelou que a jovem transportava cápsulas de cocaína na cavidade vaginal, envoltas em preservativo. Diante do flagrante, a suspeita admitiu que também havia ingerido cápsulas. Imediatamente, ela foi encaminhada a um hospital público para expelir a droga.