A biomédica piauiense Lair Guerra morreu nesta quarta-feira (13) aos 80 anos, no Hospital Santa Luzia, em Brasília. Ela fez história ao coordenar o Programa Nacional de Controle e Combate à AIDS do Ministério da Saúde durante dez anos e foi indicada para o Prêmio Nobel da Paz em 2017.
O QUE ACONTECEU: Lair Guerra estava internada na UTI do Hospital Santa Luzia desde janeiro devido ao diagnóstico de pneumonia. A biomédica chegou a ser entubada e nos últimos 10 dias teve uma piora em seu quadro médico.
Desde 1996, Lair enfrentava problemas de saúde e dificuldades de mobilidade após sofrer um grave acidente de carro em Recife, enquanto estava na cidade para uma palestra sobre AIDS.
INDICADA AO NOBEL DA PAZ: Nascida em Curimatá, no sul do Piauí, Lair Guerra de Macedo foi indicada como personalidade brasileira para o Prêmio Nobel da Paz. Além de biomédica e assistente social, foi infectologista, gestora pública e professora na Universidade Federal do Piauí e na Universidade de Brasília, com pós-graduação no Centro de Controle de Doenças (CDC) em Harvard, nos EUA.
Ela atuou como diretora do programa brasileiro de IST/AIDS por dez anos e trabalhou com dez ministros. Nesse período, conseguiu recursos do Banco Mundial, com os quais qualificou e treinou muitos profissionais para o combate às infecções sexualmente transmissíveis.
PERSONALIDADE DA DÉCADA: Ela representou o Brasil na Assembleia Mundial da Saúde em Genebra por três vezes e foi reconhecida como Personalidade da Década pela Confederação Brasileira de Mulheres e pelo Instituto Internacional para o Desenvolvimento da Juventude neste ano.