O projeto itinerante Piauí Pet Castramóvel retomou as suas atividades neste domingo (18), em Teresina. rretomou as atividades neste domingo (18), em Teresina. Realizada pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado (Semarh), a ação aconteceu no Centro de Educação Ambiental (CEA), na avenida Raul Lopes, e tinha como objetivo promover a saúde e bem-estar dos animais domésticos. Estavam previstos 300 atendimentos mas, em apenas uma hora, foram distribuídas 500 senhas.
O secretário Daniel Oliveira afirmou que a meta da Semarh é alcançar 7 mil animais na capital e interior. “Com o controle populacional, a gente consegue cuidar melhor dos animais, as famílias têm mais atenção aos seus próprios animais e evita-se o abandono, que é a principal causa de maus-tratos. Muitas vezes eles [animais] reproduzem e, sem condições de cuidar, os tutores terminam abandonando”, explica o gestor, destacando ainda o sucesso do projeto: “Muito feliz com o alcance social e o impacto positivo que esse projeto gera no bem-estar animal e na saúde pública, prevenindo doenças. Enfim, é um projeto que tem todo o nosso amor e carinho juntos”, destacou.
O cadastro é restrito a pessoas de baixa renda. Para ter acesso, é preciso apresentar um número de inscrição no CadÚnico. Durante a inscrição, o animal passa por triagem com médico veterinário, para apontar se está apto à cirurgia. “Precisa estar com a pele íntegra, se alimentando bem, fezes em bom estado. Vamos também tirar a temperatura e não pode estar acima do peso”, explica Rita de Cássia Lima, médica veterinária da Semarh.
Após a etapa de cadastro, os tutores serão chamados por clínicas especializadas em castração animal, para a cirurgia. A estimativa é que os procedimentos cirúrgicos iniciem dentro de 15 dias. O custo de uma cirurgia de castração de cão varia, em média, de R$ 600 a R$ 900, a depender do sexo do animal, sem contar os custos adicionais com anestesia, medicamentos e insumos.
“Superamos as expectativas. Somente no período da manhã, já atendemos mais de 500 animais, entre cães e gatos. A grande procura mostra que a população realmente necessita dessa importante política pública, que é uma diretriz do governador Rafael Fonteles, por meio da Semarh”, afirmou a diretora de Conservação da Biodiversidade (DCBio) da Semarh, Jurema Chaves.
Isabel Moura, coordenadora da Associação Piauiense de Proteção aos Animais (Apipa), compareceu ao evento. A instituição abriga, no momento, mais de 300 cães e gatos abandonados. Ela classifica a castração social como uma medida “fantástica”. “É um projeto que incluiu a causa animal. É maravilhoso! A gente sonhou com isso a vida toda”, considera a protetora.
Microchip
A iniciativa conta ainda com um avanço tecnológico: além das avaliações e consultas, são implantados microchips para o monitoramento dos animais. Os animais receberão um microchip contendo seus dados. “Se você perder seu animal, o microchip armazenará os dados dele. Se levado a uma clínica com leitor de microchip, consegue-se saber quem é ele, facilitando o contato com os tutores”, acrescenta Rita de Cássia.
No local, também era possível emitir a Carteira de Identidade Pet, com nome, foto, raça e dados dos tutores.
Expectativa de redução
Em 2023, o Piauí Pet Castramóvel fez cerca de 1.500 cirurgias, somando os atendimentos em Teresina, Picos e Parnaíba. De acordo com o secretário Daniel Oliveira, um estudo realizado em parceria com a Universidade Federal do Piauí aponta que o resultado alcançado no ano passado trará o impacto de 25 mil animais a menos em três anos.
Para 2024, a meta da Semarh é ofertar 1.500 castrações somente na capital. No interior, o serviço será ampliado para municípios como Piripiri e Canto do Buriti.